Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool no Brasil supera, e muito, a média mundial. Entre os 194 países avaliados, o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano.
No Brasil é de 8,7 litros por pessoa por ano. Quase 30% a mais. Entre os homens, a taxa chega a mais de treze litros, enquanto para as mulheres é de apenas quatro litros. A cerveja lidera na preferência com 60% do total consumido.
Álcool e doenças
Além do alcoolismo, o álcool está relacionado ao desenvolvimento de outras duzentas doenças. Com destaque nesse rol, o consumo pode desencadear de forma mais rápida e severa algumas doenças como a depressão e o transtorno de ansiedade.
O álcool é responsável pela maior parte das internações por abuso de substâncias e é uma das grandes causas de hospitalização psiquiátrica no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que ele provocou 313 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2010 e 2013, gerando um custo de R$ 250 milhões.
Estima-se que a cirrose hepática se desenvolva em decorrência da ingestão diária de álcool maior do que 80 g para o homem e 60 g para a mulher em um período aproximado de dez a 15 anos.
Antes de sair correndo para o site de busca, já fiz a conta para você do sexo masculino: seria como beber quatro destilados, cinco latinhas de cerveja ou oito taças pequenas de vinho por dia.
Mas e eu que só bebo no fim de semana?
Péssimas notícias para você: o efeito é cumulativo e beber todo esse álcool só no fim de semana tem o mesmo efeito em longo prazo.
Um estudo realizado pela University College London (UCL) e publicado em 2015 informa que, na faixa etária dos 20 aos 25 anos, há o pico de consumo de álcool semanal, de até vinte unidades, ou seja, vinte latinhas de cerveja, ou vinte taças de vinho, ou vinte doses de destilado na semana. Eu disse “ou”.
O chamado binge drinking, inúmeras doses de bebida em uma única ocasião, expõe perigosamente, sobretudo os adolescentes, a riscos de convulsões, coma alcoólico e até uma parada respiratória. O organismo humano não consegue metabolizar o álcool rapidamente, o que explica até casos de morte nessas ocasiões.
Consequências do consumo
No ano de 2012, 6.944 mortes foram causadas pelo álcool. Dessas mortes, 89% eram homens. O estado campeão nesse número de mortes é Minas Gerais, com 1.255 mortes diretas.
Se forem computadas as mortes secundárias ao uso abusivo do álcool, esse número aumenta muito. Até mortes violentas e acidentes podem ter o álcool como pano de fundo.
Recentemente, uma grande empresa brasileira confidenciou que, nos testes para álcool e drogas realizadas nos funcionários vítimas de acidente de trabalho, 100% tinham o resultado positivo. É assustador!
Para finalizar, é bom abordar o consumo de álcool, socialmente ou como vício, de outro ângulo. Ele engorda! Independentemente do padrão de uso (abusivo ou dependente) e do padrão de consumo (frequência e quantidade).
Uma lata de cerveja tem 150 calorias; um copo de vinho, 124 calorias; uma dose de uísque, 60 calorias. Além disso, o álcool é uma fonte de caloria vazia, ou seja, não tem vitaminas e sais minerais, e impede a absorção de vitaminas B e C. Quer emagrecer rápido? Beba menos!
Invista em saúde. E não deixe da abordar a temática com seus funcionários.
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