A dieta cetogênica é um plano alimentar baseado na redução do consumo de carboidratos, que vem ganhando espaço nas consultas de acompanhamento nutricional.
Além de ser uma aliada no controle do peso, ela tem mostrado potencial para melhorar quadros de Alzheimer e convulsões, entre outras condições, despertando ainda mais a atenção de especialistas e pacientes.
Se você se interessa por nutrição e quer entender se esse tipo de dieta pode ser uma boa opção para atender aos seus objetivos, aproveite a leitura deste post!
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Como funciona a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica se baseia na redução significativa da ingestão de carboidratos, que passa a representar de 4% a 10% das calorias diárias, e no aumento da quantidade de gorduras saudáveis na alimentação.
Aliás, seu nome vem justamente daí: ao diminuir os carboidratos, que são a nossa principal fonte de energia, o corpo passa a queimar gordura em substituição.
No processo, formam-se os chamados corpos cetônicos, moléculas que não apenas são utilizadas como fonte de energia, como também interferem nos hormônios envolvidos no apetite.
Benefícios e resultados esperados
Como acabamos de ver, a dieta cetogênica leva o corpo a queimar gordura para produzir energia. Por isso, o emagrecimento rápido é um dos principais resultados esperados.
Inclusive, uma revisão conduzida pela Universidade Federal de Alagoas, em 2013, concluiu que esse é o tipo de dieta mais eficaz para perda de peso corporal.
Além disso, ela traz ganhos adicionais, como a melhora do colesterol e a diminuição da glicose em circulação no sangue, o que pode ser positivo para pessoas com diabetes.
Dieta cetogênica para tratamento de doenças
Embora muitas pessoas busquem a dieta cetogênica para emagrecer, o seu uso vem sendo amplamente associado ao tratamento de algumas doenças.
Na década de 1920, por exemplo, ela já era amplamente utilizada no tratamento de crianças com epilepsia de difícil controle.
Entre 2004 e 2019, por sua vez, uma revisão conduzida por pesquisadores da Universidade de Deusto, na Espanha, concluiu que a dieta também está associada a uma preservação das funções cognitivas de pacientes com Alzheimer e Parkinson.
Muito se fala, ainda, sobre como a alimentação cetogênica pode auxiliar no tratamento de alguns tipos de câncer, como os de cólon, gástrico e próstata.
O que posso comer na dieta cetogênica?
A dieta cetogênica prioriza uma alimentação rica em gorduras boas, moderada em proteínas e restrita em carboidratos. Mas, afinal, o que isso significa na prática?
Bom, entre os alimentos que entram nessa lista, estão:
- Óleos, como o de girassol, abacate e coco, além do azeite de oliva;
- Sementes, como linhaça, chia, gergelim, semente de abóbora e de girassol;
- Oleaginosas, nozes, amêndoas, castanhas, avelãs e pistaches;
- Frutas com baixo teor de carboidratos, como morango, coco, abacate e cereja;
- Vegetais com poucos carboidratos, como espinafre, brócolis, abobrinha, tomate, pepino, alface, entre outros.
- Peixes gordurosos, como salmão e atum, que também são ricos em vitamina B12;
- Carnes (bovina, suína, frango, cordeiro);
Alimentos que devem ser evitados
Já entre os alimentos que devem ser evitados, estão os pães, arroz, cereais, alimentos com açúcar, leguminosas e tubérculos.
Como montar seu cardápio cetogênico?
Em linhas gerais, a alimentação cetogênica é distribuída nas seguintes proporções:
- 60% a 80% de gorduras
- 10% a 20% de proteínas
- 5% a 10% de carboidratos
Viu como existe uma margem? Isso ocorre porque, assim como toda dieta, é preciso levar em consideração as características individuais e os objetivos de cada paciente para criar um plano alimentar correto.
Daí a importância de buscar o acompanhamento de um profissional especializado!
Riscos e contraindicações da dieta cetogênica
Um dos pontos de atenção da dieta cetogênica é a sua duração.
De modo geral, ela não é indicada como uma solução de longo prazo, pois a restrição severa de carboidratos pode causar desequilíbrios nutricionais importantes, como deficiências de vitaminas e minerais.
Além disso, por provocar mudanças significativas no metabolismo, pessoas com condições pré-existentes, como diabetes ou hipertensão, devem realizar um acompanhamento médico rigoroso para ajustar as medicações, caso necessário.
Pessoas com insuficiência renal ou hepática estão entre as que devem evitar esse tipo de dieta, pois o aumento da ingestão de gorduras pode sobrecarregar os rins e o fígado, agravando essas condições.
Outra questão que merece destaque são os possíveis efeitos colaterais. No período de adaptação, o cansaço é um sintoma esperado. Algumas pessoas também podem perceber uma queda de imunidade.
Diferenças entre a dieta low carb e a dieta cetogênica
Por compartilharem o princípio básico de reduzir a ingestão de carboidratos, muitos acabam confundindo as dietas low carb e cetogênica.
Porém, a quantidade de carboidratos que cada uma permite é bem diferente.
Na dieta low carb, a ingestão diária é de até 150g a 200g por dia. Já a dieta cetogênica é mais restritiva, limitando os carboidratos a cerca de 50g por dia.
Além disso, a dieta low carb foca na redução de carboidratos para controlar a glicose, enquanto a dieta cetogênica busca colocar o corpo em cetose.
Quem deve (ou não) adotar a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica pode ser uma aliada valiosa em diversas situações, como no auxílio à perda de peso e até mesmo no manejo de condições neurológicas, como epilepsia e Alzheimer.
No entanto, não existe uma resposta universal para essa pergunta. Cada organismo é único, e o sucesso ou a segurança dessa dieta dependem de fatores individuais, como estado de saúde, estilo de vida e objetivos específicos.
Por isso, a única forma de saber se a dieta cetogênica é indicada para você — e garantir que seja adotada de forma segura— é por meio de uma avaliação individualizada com um profissional de saúde, como um nutricionista ou médico especializado.
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