Ergonomia é a ciência que visa a entender e melhorar a relação entre o homem e o seu trabalho, desenvolvendo normas para aperfeiçoar esse relacionamento. Na prática, ela define o perfil dos colaboradores para elaborar medidas para a redução dos riscos para os funcionários.
Atualmente, a ergonomia é dividida em três áreas: ergonomia física, organizacional e cognitiva. Neste post, vamos tratar especificamente da ergonomia física, com exemplos, qual o seu objetivo e seu papel e, no final, citaremos brevemente os outros tipos de ergonomia. Boa leitura!
O que é ergonomia física e exemplos?
A ergonomia física lida com os riscos ergonômicos relacionados ao espaço da empresa e à saúde física dos colaboradores, abrangendo desde a qualidade das ferramentas utilizadas até a postura corporal do funcionário. Dessa forma, ela estuda a relação contínua entre as atividades que exigem esforço físico, vinculadas às características anatômicas, fisiológicas e biomecânicas do corpo.
É fundamental salientar que a ergonomia física busca soluções de caráter preventivo, bem como para atenuar ou mesmo erradicar os riscos de desenvolver distúrbios de saúde e bem-estar.
Ergonomia física: exemplos
O principal exemplo de ergonomia física é o das cadeiras utilizadas pelos colaboradores, visando a propiciar a postura correta ao trabalhar sentado. Outro, seria a análise dos movimentos feitos para levantar determinados objetos. Veja mais:
- levantamento dos riscos à integridade não apenas da musculatura, mas também, das articulações, da espinha dorsal, do joelho, da visão, entre outros;
- estudo da eficácia de um modelo de protetor de auricular na proteção contra ruídos produzidos na empresa;
- estudo dos movimentos repetitivos e de formas para minimizá-los;
- estudo de fomas de melhorar a postura dos colaboradores;
- estudo e aplicabilidade do manuseio de materiais;
- prevenção de problemas musculoesqueléticos;
- sinalizadores para evitar quedas.
Qual é o objetivo da ergonomia física?
Seu objetivo principal é garantir o melhor desempenho do funcionário, pela realização de estudos de três aspectos:
- fisiologia: lida com as funções e com o funcionamento normal do seu corpo;
- antropometria: são as técnicas que medem partes do corpo ou o organismo como um todo;
- biomecânica: lida com os movimentos das pessoas, desde que aplicados aos locais de trabalho.
Qual o papel da ergonomia física?
O papel principal da ergonomia física é proporcionar aos colaboradores as melhores condições de trabalho, diminuindo os riscos à saúde. Ou seja, garantir segurança, conforto, e melhor qualidade de vida aos funcionários é o maior foco desse tipo de ergonomia.
Com isso em mente, a ergonomia física envolve:
- temperatura e ventilação do ambiente (não deve ser nenhum dos extremos — muito quente ou muito frio — no caso de frigoríficos, os EPIs devem se adequar ao frio);
- prevenção de distúrbios musculoesqueléticos (causados pela má postura ou maneira de segurar ou levantar objetos pesados);
- prevenção dos movimentos repetitivos que causa LER e DORT (como os executados no computador ou por operários);
- postura (aqui, o objetivo é a obtenção de cadeiras de trabalho que favoreçam a manutenção da postura ideal);
- condições sanitárias ideais, como limpeza do ambiente e objetos de higiene pessoal disponíveis;
- segurança e saúde do funcionário (da maneira orientada pelo que determina a NR 17);
- cuidado no manuseio de materiais (pode envolver treinamento nesse sentido);
- sinalização e iluminação ideais para reforçar a segurança dos trabalhadores;
- diminuição de ruídos (como os barulhos de maquinários);
- prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.
Quais são os tipos de ergonomia?
A seguir, daremos uma pincelada em todos os tipos de ergonomia!
1. Ergonomia física
Já abordamos os aspectos da ergonomia física, não é mesmo? Afinal, ela é o tema central deste post. A ergonomia física ainda pode ser subdividida em outros tipos. Conheça-os!
Ergonomia de correção
Trata de adequar o ambiente de trabalho e os detalhes que causam incômodos que podem ser prejudiciais. Para isso, analisa questões como temperatura do ambiente, iluminação muito intensa ou com pouca luz, excesso de ruídos que incomodam e podem, até, causar zumbidos irreversíveis, além do impacto da disposição dos móveis para o colaborador.
Ergonomia de concepção
Visa a desenvolver ambientes de trabalho para serem mais adequados ao profissional. Ou seja, tais locais já são concebidos e montados da maneira correta. A ergonomia de concepção pode ser aplicada em escritórios, fábricas ou outras estações de trabalho.
2. Ergonomia cognitiva
Nesse caso, os processos mentais são muito utilizados pelos funcionários, incluindo muita exigência de raciocínio, exercício da memória, percepção do cenário, além da resposta motora. Na aplicação da ergonomia cognitiva, são avaliados aspectos, como:
- atuação especializada em determinadas áreas;
- necessidade de tomadas de decisão;
- interação entre homem e algoritmo;
- contato entre homem e máquina;
- estresse de origem profissional;
- pressão e carga mental;
- melhoria dos sistemas;
- confiabilidade humana.
Exemplos de ergonomia cognitiva
Treinar e desenvolver as capacidades dos colaboradores, programas que visam a aprimorar a relação entre funcionários e líderes, desenvolvimento de softwares, entre muitos outros.
3. Ergonomia organizacional
Esse tipo de ergonomia se ocupa dos métodos de avaliação e intervenção nas questões de influência do perfil mental dos colaboradores e dos gestores. Ela visa a otimizar as estruturas organizacionais e os fatores sociotécnicos — sendo aqueles que incluem as pessoas como parte fundamental do modo de funcionamento da empresa.
Dessa forma, ela analisa e influencia tanto a cultura quanto o ambiente organizacional, objetivando a adaptação das condições oferecidas pela companhia, além da saúde e do bem-estar dos funcionários. Para alcançar essa finalidade, a empresa mapeia e, logo a seguir, adapta os itens:
- atividades de participação multidisciplinar;
- gestão dos canais de comunicação;
- trabalhos que exigem colaboração;
- distribuição temporal do trabalho;
- gerenciamento da qualidade;
- cultura organizacional;
- formato de feedbacks;
- organograma.
4. Exemplos de ergonomia organizacional
Um exemplo muito atual de ergonomia organizacional é inserir canais de comunicação mais eficazes. Outros seriam intensificar e aprimorar a interação entre as equipes e setores, e melhorar o desempenho dos gestores, desde que se propicie à equipe propor mudanças na rotina de trabalho.
Além das ergonomias mais conhecidas, existem outras, confira!
5. Ergonomia de conscientização
A conscientização é fundamental em qualquer área de trabalho. É a vertente que se dedica ao engajamento dos colaboradores com relação à importância da ergonomia e seus impactos. Com base nessa ideia, deve-se implementar palestras, vídeos, comunicados e uma cobrança diária para o funcionário melhorar a postura.
6. Ergonomia participativa
É originada da ideia de criar núcleos de fiscalização e conscientização pelos próprios colaboradores a favor deles mesmo. Tais núcleos ainda levam solicitações e cobranças às diretorias, solicitando melhores condições de trabalho.
7. Ergonomia operacional
Aqui, o foco é estabilizar processos menos agressivos e focados em oferecer ótimas condições de trabalho, visando a evitar sobrecargas aos profissionais. A maneira de fazer isso é projetar estruturas e esquemas voltados para a produtividade, considerando a qualidade de atuação.
Neste post sobre a ergonomia física, abordamos o seu conceito, mostramos qual a sua importância, os seus objetivos e o papel no ambiente de trabalho, bem como mostramos vários exemplos. Além disso, citamos várias informações fundamentais sobre os outros tipos de ergonomia. Esperamos que seja de grande utilidade para a sua empresa.
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