Caracterizada pelo medo persistente, irracional e exagerado, a fobia, incluindo a fobia social, é um tipo de transtorno de ansiedade capaz de despertar sentimentos e emoções intensas, que muitas vezes limitam a vida do indivíduo.
Ela se divide em diferentes tipos, abrangendo desde o medo de lugares apertados, altos ou muito cheios até o pavor de germes ou de interações sociais. Mas todas têm em comum a capacidade de comprometer nosso bem-estar.
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O que é fobia?
A fobia é um transtorno de ansiedade classificado no CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) como transtorno fóbico-ansioso.
De maneira geral, ela provoca um medo intenso, irracional e persistente de objetos, situações ou atividades específicas, o que geralmente também vem acompanhado por uma série de sintomas físicos e emocionais.
Principais tipos de fobia
A lista de fobias existentes é grande. Mas, em resumo, ela se divide em três tipos principais. São eles:
Fobias específicas
As fobias específicas são caracterizadas pelo medo intenso e irracional de um objeto ou situação em particular. Alguns exemplos bem comuns nesta frente incluem:
- Claustrofobia (medo de espaços fechados ou apertados);
- Tripanofobia (medo de injeções ou agulhas);
- Acrofobia (medo de alturas);
- Aracnofobia (medo de aranhas);
- Coulrofobia (medo de palhaço);
- Hidrofobia (medo de água);
- Aerofobia (medo de andar de avião);
- Hematofobia (medo de ver sangue);
- Misofobia (medo de germes);
- Zoofobia (medo de animais específicos).
Fobia social
Como o próprio nome sugere, a fobia social se caracteriza pelo medo desproporcional diante de situações sociais, principalmente quando a pessoa sabe que será avaliada ou julgada de alguma forma.
Esse medo pode ser tão severo que chega a interferir no dia a dia do indivíduo, afetando sua participação ativa no trabalho, escola e em relacionamentos pessoais.
Vale dizer que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 26 milhões de brasileiros sofrem de fobia social no país.
Agorafobia
A agorafobia, por sua vez, envolve o medo intenso e irracional de estar em lugares desconhecidos ou em locais onde a pessoa sente que pode ser difícil fugir caso haja a necessidade.
Geralmente, ela se desenvolve após um ou mais ataques de pânico.
O que causa a fobia?
Em geral, as causas da fobia envolvem uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos.
Ela pode ser causada, por exemplo, por experiências negativas ou traumáticas, especialmente vivenciadas na infância.
Além disso, crescer em um ambiente onde um medo específico é enfatizado ou estar inserido em situações que envolvem riscos psicossociais, também pode favorecer o desenvolvimento de um quadro fóbico.
De todo modo, é importante destacar que não há um consenso sobre como exatamente as fobias se desenvolvem, e, na maioria dos casos, sua origem é desconhecida.
Quais os sintomas de fobia?
Como vimos antes, a fobia é marcada, principalmente, pelo medo desproporcional ao perigo real que um objeto ou situação representa. Porém, quando esse medo vem à tona, ele tende a desencadear uma série de outros sintomas.
Confira os principais:
- Sensação de pânico ou terror iminente;
- Ansiedade extrema ao pensar em ou estar na presença do objeto ou situação temida;
- Preocupação excessiva em relação a situações que ainda não aconteceram;
- Taquicardia, sudorese e tremores;
- Sensação de falta de ar e dificuldade em respirar;
- Tontura e/ou desmaio;
- Alterações de pressão arterial;
- Enjôo ou desconforto no estômago;
- Comportamento de fuga ou de paralisia;
- Evitação de situações ou lugares associados com o medo.
Além dos sintomas acima, vale observar que algumas fobias também possuem uma relação direta com a depressão, principalmente em função do isolamento que ela pode causar no indivíduo.
Esse é o caso da fobia social, que muitas vezes desencadeia problemas secundários, como quadros depressivos e abuso de substâncias.
Qual a diferença entre fobia e medo?
Já que falamos muito sobre medo até aqui, não podemos deixar de explicar o que diferencia o medo considerado normal do medo patológico. Afinal, sabemos que essa é uma dúvida compartilhada por muitas pessoas.
Em termos simples, o medo é uma resposta natural diante de uma ameaça real ou percebida, que ajuda a nos manter seguros. Além disso, ele tende a ser temporário e não chega a interferir na vida cotidiana.
Por outro lado, a fobia é um medo desproporcional e avassalador, que pode persistir por um longo período e causar diversas consequências negativas na vida da pessoa (como vimos acima).
Como é o diagnóstico de fobia?
O diagnóstico da fobia é feito por um profissional da área da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, mediante avaliação clínica.
Basicamente, o diagnóstico é baseado na avaliação dos sintomas relatados pelo paciente, histórico de vida e o impacto do medo no dia a dia dele.
Além disso, também é feita a exclusão de outras condições que podem causar sintomas semelhantes, como transtorno de pânico ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Quais as formas de tratamento de fobia?
Após a confirmação do diagnóstico, o profissional responsável pelo caso também deve traçar as estratégias de enfrentamento necessárias.
Geralmente, o tratamento da fobia envolve o acompanhamento contínuo de um profissional da área de psicologia, por meio de sessões de psicoterapia, bem como o uso de medicamentos específicos (como antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina).
A terapia de exposição é outra técnica muito utilizada neste contexto. Nela, o paciente é levado a se expor gradualmente e de maneira controlada às situações ou objetos temidos, como forma de dessensibilização.
Todas essas abordagens podem ser indicadas de maneira isolada ou conjunto, e tem como objetivo ajudar o paciente a entender, enfrentar e superar o medo, permitindo-lhe retomar uma vida mais plena e funcional.
Em paralelo a elas, há algumas práticas de autocuidado que também podem apoiar o paciente ao longo do tratamento. Baixe agora mesmo o nosso Kit de Qualidade de Vida e fique por dentro das principais!