Gastrite: tudo sobre os sintomas, causas e tratamentos

o que é gastrite
O que é?
Causas
Sintomas
Quais alimentos causam gastrite?
Tipos
Tratamento
Prevenção
Categoria: Saúde

Os sintomas de gastrite surgem devido a inflamação da parede do intestino, fazendo com que o ácido do estômago danifique a mucosa. Pode ser causada por doenças, ingestão de substâncias nocivas ou por ansiedade.

É uma condição bastante comum, seja devido a maus hábitos, seja por causas externas. Algumas pessoas também sofrem com gastrite crônica e precisam tomar cuidados especiais para evitar dores. Com o tratamento adequado e algumas mudanças no seu dia a dia, é possível reduzir ou eliminar sua ocorrência. 

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O que é gastrite?

A gastrite é uma doença caracterizada pelos danos à parede do estômago. Normalmente, a mucosa contém o ácido estomacal, afetando apenas o alimento digerido. Porém, caso a mucosa seja danificada, o ácido começa a corroer o tecido do próprio estômago.

Essa condição pode afetar toda a superfície interna do estômago (pangastrite) ou pode ser localizada, causando dano a apenas uma parte do órgão. Em ambos os casos, seu efeito é nocivo para o funcionamento do corpo.

Estima-se que metade das pessoas no mundo sofram com gastrite, independentemente dos fatores que a originam.

Quais as causas e sintomas da gastrite?

Entender os fatores que causam a gastrite é o primeiro passo em sua prevenção. Ao mesmo tempo, saber sobre os sintomas é importante para buscar auxílio sempre que necessário. Veja as principais informações a respeito.

Causas da gastrite

Há muitas causas possíveis para os sintomas de gastrite. As mais comuns estão a seguir.

Estresse

O cansaço emocional e o estresse podem ter vários efeitos negativos no corpo, como alergia emocional e alteração da visão. Esses são efeitos colaterais do corpo sob grande pressão. Ele sente sinais de ameaça, o que causa uma reação física, a qual pode ser nociva quando prolongada.

Da mesma forma, também pode causar gastrite. Como reação ao estresse, o corpo libera mais ácido no estômago. Quando a acidez ultrapassa os níveis suportados pela mucosa, ela começa a se degradar.

Infecções

Outra possível causa da gastrite é a contração de uma infecção bacteriana. Mais especificamente, a bactéria Helicobacter pylori. Quando entra no corpo, ela se fixa à parede do estômago, causando inflamação.

Gradualmente, essa bactéria degrada o revestimento que protege o estômago do próprio ácido. Isso faz com que o dano continue se agravando, já que as células começam a ser corroídas pela acidez. Se persistir, a infecção pode causar danos bem extensos ao sistema digestório e órgãos próximos.

Má alimentação

Os seus hábitos alimentares também podem influenciar diretamente os casos de gastrite. Seja como causadores, seja como fatores agravantes.

Certos alimentos podem aumentar a acidez do estômago. Caso sejam ingeridos em excesso, isso pode danificar a mucosa, causando inflamação e outras complicações de saúde.

A maneira como as refeições são feitas também tem um papel importante. Comer sem mastigar adequadamente dificulta a digestão, exigindo que o estômago libere mais ácido para quebrar as moléculas, levando ao desgaste da parede.

Outro caso comum é a ingestão de certos alimentos ou bebidas, como café, de estômago vazio. Assim, o ácido produzido não tem moléculas com as quais reagir, fazendo com que atinja as células do estômago.

Uso excessivo de anti-inflamatórios

Certos medicamentos anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno e o Naproxeno, podem ter efeitos adversos no corpo quando usados em grande quantidade. Uma dessas possibilidades é danificar as substâncias que protegem a parede do estômago do efeito do ácido.

Uma vez que não há mais essa proteção, o ácido começa a danificar as células do estômago, causando inflamação. Por isso, o uso desses medicamentos deve ser feito com cuidado, seguindo sempre orientações médicas.

Doenças autoimunes

As doenças autoimunes são aquelas que levam o sistema imunológico do corpo a atacar suas próprias células como se fossem infecções. Em alguns casos, as células atacadas podem ser parte da parede do estômago, levando ao seu enfraquecimento.

Sem as células responsáveis por proteger o tecido do ácido estomacal, essa camada se desgasta rapidamente. O ácido, então, começa a danificar os tecidos, o que leva à inflamação.

Esses são alguns dos casos mais difíceis, pois nem sempre há uma cura para doenças autoimunes. O melhor é buscar o tratamento disponível e tomar outras precauções para evitar a gastrite.

Consumo excessivo de álcool

Bebidas alcoólicas trazem grande risco para o corpo quando em excesso. Além dos danos causados ao cérebro e ao fígado, o álcool também pode corroer a parede do estômago e causar inflamação.

Esses casos são agravados quando a bebida é ingerida em excesso e com o estômago vazio. A liberação do ácido estomacal em resposta à ingestão apenas agrava o problema. Especialmente se não há alimento algum para absorvê-lo.

Tabagismo

Fumantes também têm maior chance de desenvolver gastrite. Isso acontece porque a fumaça do cigarro, altamente corrosiva, também chega ao estômago e, gradualmente, corrói a mucosa.

Quanto mais cigarros uma pessoa consome, maior é sua exposição a essas substâncias nocivas. Sendo assim, o risco é maior para pessoas que fumam com alta frequência.

Sintomas da gastrite

Identificar os sinais da gastrite o quanto antes é fundamental para iniciar o seu tratamento. O principal deles é a dor abdominal na forma de pontadas. O excesso de ácido e o cheiro forte ainda podem causar azia, náusea e vômito.

Como resultado desse desequilíbrio, também é comum que o paciente sofra com indigestão, assim como perda de apetite.

É importante tomar cuidado para não confundir gastrite e dispepsia. A primeira é a inflamação no estômago, que causa dores e outros sintomas. Já a segunda é a sensação de queimação e dores no estômago, mas sem uma causa específica.

Quais alimentos causam gastrite?

A ingestão de certos alimentos aumenta o risco de desenvolver gastrite. Já citamos a cafeína e o álcool, pois são substâncias agressivas à mucosa do estômago, quando em excesso.

O açúcar, presente em bolos, balas e biscoitos, também apresenta alto risco. Ele é digerido rapidamente no estômago, o que causa maior fermentação. O leite e derivados, como iogurte, queijo e manteiga, são alimentos proteicos que influenciam a liberação do ácido no estômago. As carnes se encaixam na mesma categoria.

Frutas cítricas apresentam um nível de acidez alto naturalmente. Por esse motivo, elas podem ser um fator agravante para qualquer dano presente na parede do estômago.

Por fim, produtos com corantes e outras substâncias artificiais devem ser evitados. Esses produtos quase sempre são agressivos ao corpo e difíceis de digerir, causando um aumento no ácido do estômago.

Quais são os tipos de gastrite?

A gastrite é uma doença com várias causas e formas de manifestação. Entenda sobre algumas das suas variações e respectivas particularidades.

Gastrite aguda

Esses são os casos em que a doença se manifesta de forma repentina e intensa, mas com curta duração. Em geral, sua causa é pontual, permitindo que o corpo se recupere com apenas algum tempo de descanso e controle dos sintomas.

Pode ocorrer devido a algum dano direto à parede do estômago, ação de uma infecção ou lesão. Ainda assim, é importante fazer o controle da acidez nesse momento para garantir uma recuperação mais segura e rápida.

Gastrite nervosa

Como mencionamos, certos sentimentos e emoções podem causar reações adversas no corpo. Entre elas, está o desenvolvimento da gastrite nervosa, que ocorre em resposta ao estresse emocional ou ansiedade.

Pode ser similar à gastrite aguda, com sintomas que aparecem de forma intensa e desaparecem em pouco tempo. Mas também pode ser uma condição persistente caso o estresse emocional ocorra por muito tempo.

Além de controlar os sintomas, o tratamento envolve encontrar formas de lidar com esse estresse. Seja ele uma reação abrupta ou uma condição persistente no dia a dia.

Gastrite crônica

Nesse tipo de gastrite, a inflamação persiste por um período superior a três meses. É o caso oposto à gastrite aguda, mas pode ter causas e sintomas bem parecidos.

Pode ser que o dano seja menos intenso ou localizado em uma área pequena da parede do estômago. Como resultado, alguns dos casos são assintomáticos por um período prolongado. Apenas quando o impacto se torna muito grande que as dores se manifestam.

Gastrite enantematosa

É um caso caracterizado por uma lesão leve na parede do estômago, que leva à inflamação. É um tipo específico de gastrite crônica, que pode tanto ser o resultado de uma infecção quanto da ingestão de substâncias nocivas ao corpo.

Sendo assim, ela também pode continuar por um longo período sem manifestar sintoma algum. E quanto mais tempo ela passar sem ser detectada, maior é seu impacto na saúde a longo prazo.

Gastrite eosinofílica

Esse é um tipo raro de gastrite, no qual ocorrem inflamações em diversos pontos do trato digestório. Por esse motivo, seus casos podem ser graves, especialmente quando não forem tratados por um longo período.

Não existe uma causa específica para a gastrite eosinofílica, o que dificulta a criação de um tratamento padronizado. Porém, ela é bastante associada a outros quadros de saúde, como asma e rinite.

Gastrite tem cura?

Na grande maioria dos casos, sim, é possível curar a gastrite. E quando não é o caso, o tratamento ainda ajuda a minimizar os sintomas e prevenir danos graves ao funcionamento do corpo.

Para auxiliar na recuperação, o ideal é fazer um diagnóstico precoce. Além de se atentar aos sintomas, o ideal é realizar a endoscopia para fazer o exame direto da parede do estômago. Assim, o médico pode identificar seu progresso e as causas mais prováveis.

Qual o tratamento para gastrite?

Nos casos de gastrite causada pela ingestão de substâncias ou alimentos nocivos, pode ser necessário reduzir ou remover essas substâncias de sua dieta. Se a doença estiver associada a uma reação alérgica, pode ser necessário consultar um nutrólogo para auxiliar na definição de uma nova dieta.

Por outro lado, se ela foi causada por uma infecção viral ou bacteriana, então são usados medicamentos para eliminar o antígeno. É importante que o tratamento seja realizado seguindo as prescrições médicas. Caso seja interrompido prematuramente, a infecção pode retornar com maior resistência.

Fora isso, há remédios que controlam os sintomas e auxiliam na sua recuperação. É o caso dos antiácidos e inibidores. Eles ajudam a conter a acidez do estômago à medida que a mucosa se recupera.

Como prevenir a gastrite?

Além do tratamento e detecção precoce, existem algumas coisas que você pode fazer no seu dia a dia para reduzir o risco de gastrite. Algo importante se você tem maior risco de desenvolver essa doença.

Veja, a seguir, alguns dos principais exemplos.

Mudanças na alimentação

Ter uma alimentação saudável deve estar sempre entre as suas prioridades. Uma dieta balanceada e nutritiva contribui com vários aspectos do seu bem-estar, incluindo evitar os sintomas de gastrite.

Primeiramente, você deve evitar alimentos de risco, principalmente doces, álcool e produtos sintéticos. Caso tenha um estômago particularmente sensível, também é recomendado tomar cuidado com certas frutas cítricas.

Essa é uma modificação simples nos seus hábitos diários, mas pode impactar bastante em sua saúde.

Controle do estresse

A gastrite nervosa pode ser particularmente debilitante. Pessoas que lidam com ansiedade ou síndrome do pânico, por exemplo, são mais vulneráveis e precisam tomar cuidado para proteger sua saúde.

Nesse ponto, tratamentos de redução do estresse contribuem também para prevenir a gastrite. Meditação, terapia, técnicas de relaxamento, entre outros métodos, reduzem bastante a incidência desses sintomas.

Higiene pessoal

A maioria das doenças é contraída devido a descuidos na higiene. Por exemplo, alimentar-se sem limpar as mãos, ingerir alimentos sem lavá-los, contato próximo com antígenos sem o uso de máscara, etc. Ter atenção a esses detalhes reduz o risco de gastrite, assim como outras doenças.

Agora você entende melhor as causas da gastrite, seus sintomas e o que você pode fazer para preveni-la. Com algumas mudanças de hábito e atenção no dia a dia, você não tem que se preocupar com esse tipo de doença.

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      Autor
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