A saúde e a segurança dos colaboradores requerem uma gestão adequada para que sejam cada vez menores as ocorrências de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Para esse fim, o gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) é a estratégia mais adequada.
Sua implementação na empresa é necessária e constitui exigência da legislação. Mas sua elaboração não pode ser feita da noite para o dia e não deve ser apenas uma formalidade burocrática.
Continue a leitura e descubra como fazer o gerenciamento de riscos ocupacionais.
Em qualquer ambiente ocupacional, em todos os segmentos de trabalho, é preciso estar atento para conhecer os riscos existentes, seja no ambiente, seja na atividade propriamente dita. Essa é a razão de ser do conhecido GRO.
GRO é a sigla para Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, um processo que as empresas devem necessariamente implantar em suas diferentes operações. Na verdade, o GRO é um elenco de ações que precisam ser tomadas com vista à prevenção e ao gerenciamento dos riscos no trabalho.
A implantação do GRO se dá inicialmente por meio da elaboração de um documento de natureza analítica e produzido com o propósito de identificar perigos e riscos existentes no ambiente de trabalho e nas operações. O objetivo, enfim, é definir as ações necessárias para eliminação das condições de risco encontradas.
Quando a empresa implanta o gerenciamento de riscos ocupacionais, consegue reduzir o número de acidentes do trabalho. Por essa razão, é um forte instrumento para o desenvolvimento de uma cultura prevencionista na organização.
Com uma efetiva implementação do GRO, observa-se um significativo impacto na área de saúde e segurança do trabalho. Podem ser citados, entre outros:
Ainda que seja uma exigência das normas trabalhistas de saúde e segurança, em especial da Norma Regulamentadora No 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a importância do GRO reside nos resultados que oferece. De todo modo, a partir de 03 de janeiro de 2022 entrará em vigor o texto da NR-1 em sua nova versão, publicada pela Portaria No 6.730, de 09 de março de 2020.
Veja a seguir as principais etapas para a implementação do gerenciamento de riscos ocupacionais.
Essa primeira etapa constitui um diagnóstico da realidade de segurança do trabalho, para o qual são importantes levantar, entre outros próprios de cada atividade, os seguintes aspectos:
Não se consegue implementar o GRO sem o comprometimento da alta administração da empresa. Dessa forma, é indispensável construir uma política de saúde e segurança do trabalho, se ainda não houver, ou aprimorá-la.
Essa política aprovada pela direção da empresa é o aval indispensável para a implementação do GRO na organização. Por outro lado, deve-se considerar a necessidade de participação dos colaboradores da empresa na elaboração do documento que consolida e formaliza a política de SST.
O planejamento é essencialmente o cerne do GRO. Assim, considere que é nessa fase que são avaliados os riscos existentes, identificadas as previsões da legislação aplicável, definidos os objetivos e elaborado o plano de ação.
De posse de todo o conhecimento necessário e elaborado o plano de ação, é importante fazer uma rápida avaliação de tudo que se tem. Nesse sentido, deve-se ter respostas positivas para as seguintes perguntas:
Tendo respondido satisfatoriamente aos questionamentos da etapa anterior, é preciso nesta quarta etapa avaliar a necessidade de suporte de algum setor ou nível administrativo para que os trabalhos possam ser efetivamente conduzidos. Em especial, deve ser considerada a demanda por algum recurso.
Nesse sentido, deve-se levar em conta recursos como:
É importante considerar desde o início que a implementação do GRO resulta em mudança de postura em relação aos riscos existentes no trabalho. Isso significa que, uma vez adotado o gerenciamento de riscos, a organização em seu conjunto migrará para um modelo preventivo e proativo.
Por essa razão a necessidade anteriormente apontada de aprovação da alta direção. Leve em conta que implantar o GRO alcança toda a empresa.
Assim, agora é hora de partir para a efetiva ação do gerenciamento de riscos. Para esse fim, são necessários 5 grupos de ações:
Avaliação e controle são dois momentos indispensáveis na implementação de qualquer processo. A avaliação antecede o controle e é a fase de verificação dos resultados que estão sendo alcançados.
Assim, deve-se perguntar se as ações estão sendo desenvolvidas como planejado e se os resultados estão sendo satisfatórios. As respostas a essas perguntas devem ser objeto de análise da direção que avalizou a implementação do GRO, de modo que haja atendimento à política de SST definida.
Por sua vez, o controle consiste em corrigir os desvios ou aprimorar os processos naquilo em que se afastaram do planejado. Ao mesmo tempo, também envolve modificar o que não deu certo dentro do próprio planejamento, garantindo o aprimoramento do GRO.
A avaliação dos riscos envolve levantamento inicial de informações, sobretudo fazendo uso de:
Para se definir prioridades de atuação, pode ser adaptada uma escala de pontuação, por exemplo, para cada grau de severidade do risco. Assim, podem ser utilizados os graus extremamente grave (5 pontos), muito grave (4 pontos), grave (3 pontos), pouco grave (2 pontos) e sem gravidade (1 ponto).
Após o levantamento dos riscos, elencam-se as prioridades e definem-se as ações que serão implementadas. Assim, cada situação poderá requerer ações diferenciadas para que o perigo seja eliminado e o risco eliminado ou atenuado.
Como você pode ver, implementar o GRO na empresa requer conhecimento e experiência, mas será sempre nos moldes das etapas mostradas, com adequações segundo a realidade de cada organização e os diferentes riscos que apresentar em suas atividades laborais.
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