A possibilidade de um funcionário trabalhar em casa já é uma realidade, tanto no âmbito público quanto no privado. Na verdade, o home office não é uma modalidade de trabalho nova, foi regulamentada pelo Judiciário em 2016, por meio da Resolução nº 227 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De lá para cá, vem sendo praticada em diferentes entidades e órgãos e tem a adesão de muitos servidores.
O TST e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho já têm 101 servidores que não precisam bater o ponto diariamente. O limite pode alcançar até 50% da unidade de lotação. E outros tribunais estão adotando a prática, como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), em que, no período de um ano, houve um aumento de 23%.
A flexibilidade do home office satisfaz muitos trabalhadores. Afinal, ele permite eliminar o tempo gasto com o deslocamento, garantindo mais qualidade de vida e um melhor gerenciamento do tempo livre.
Continue a leitura e saiba mais sobre o home office, as vantagens e os cuidados que uma empresa deve ter ao oferecer essa modalidade de trabalho aos seus colaboradores!
O conceito de home office
O home office é o trabalho remoto ou trabalho em casa. Não é considerado trabalho externo e nem gera horas extras ou controle de horas. O funcionário executa atividades da empresa em sua casa desde que conte com os materiais necessários para a realização do serviço.
Existem regras relativas a essa modalidade de trabalho, inclusive legislação específica, que deve ser respeitada. Por exemplo, tudo que se refere à produtividade, ao fornecimento de equipamentos e ao reembolso de despesas com a instalação de um local de trabalho na própria residência do colaborador deve ser registrado em contrato.
Os mitos e as verdades sobre o home office
São muitas as dúvidas e informações contraditórias sobre o assunto. Por isso, vamos analisar alguns mitos e verdades sobre o home office. Confira abaixo!
Existe uma norma que regula os parâmetros sobre as condições de trabalho
Verdade! A NR 17, também conhecida como a Norma da Ergonomia, define padrões para que os funcionários realizem o seu trabalho com segurança e conforto, independente de onde ele será efetuado.
Dessa forma, o empregador deve realizar uma análise ergonômica do ambiente, mediante a autorização do colaborador. É preciso verificar as condições de trabalho disponíveis e garantir que o local seja adequado.
O trabalhador não precisa participar dos treinamentos de segurança
Mito! Todos os funcionários têm a obrigação de participar dos treinamentos de segurança oferecidos pela empresa.
Os treinamentos devem envolver a rotina específica de cada atividade laboral, além de oferecer orientações ergonômicas mais gerais, como em relação a postura correta ao sentar.
Dessa forma, o trabalhador se torna mais produtivo e garante mais conforto e qualidade de vida, mesmo quando está fora do escritório.
O funcionário fica mais produtivo
Verdade! De acordo com a Harvard Business Review, houve uma alta de 13,5% na produtividade dos funcionários que trabalharam de home office. Contudo, é válido ressaltar que o tipo de atividade laboral interfere diretamente nos resultados obtidos, assim como os mecanismos que são utilizados para medir a produtividade.
O mesmo estudo comprovou ainda que, em comparação com os funcionários de escritório, os de home office são mais satisfeitos e felizes com o trabalho.
A desnecessidade de enfrentar o trânsito para chegar à empresa e o ganho de tempo livre com isso, são alguns dos fatores que contribuem para esses resultados. Afinal, eles reduzem o estresse e aumentam a qualidade de vida dos colaboradores.
A empresa não tem responsabilidade de garantir a saúde e segurança
Mito! Não importa se o funcionário trabalha na empresa ou em casa, a organização tem obrigações em relação à Medicina e à Segurança do Trabalho para todos os funcionários registrados em CLT.
A empresa é responsável pela manutenção do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos) e do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), assim como pelos exames ocupacionais, como o admissional, periódicos, relativos à mudança de função e ao retorno de afastamentos.
O funcionário pode se ausentar do trabalho quando quiser
Mito! Apesar de não estar fisicamente na empresa, o funcionário que trabalha em casa tem que se organizar para ter uma rotina de trabalho semelhante àquela do funcionário que trabalha no escritório.
Para isso, é fundamental estabelecer um canal de comunicação constante e efetivo durante toda a jornada de trabalho.
O home office reduz custos para a empresa
Verdade! Com um menor fluxo de funcionários, as empresas podem ter escritórios menores, o que diminui os gastos com aluguel e a manutenção do espaço.
Além disso, outras despesas são reduzidas, como gastos com energia, café e máquinas copiadoras. A empresa também pode contratar novos funcionários sem precisar investir no aumento da estrutura física.
As informações importantes da empresa ficam vulneráveis
Mito! Já existem diferentes recursos capazes de manter a segurança dos dados, como as VPNs (Virtual Private Networks), que criptografam a comunicação entre o funcionário e a empresa por meio da internet.
Existem ainda as VMs (Virtual Machines), que permitem que o funcionário acesse as informações da empresa de qualquer lugar enquanto elas permanecem seguras, armazenadas nos computadores da companhia.
Avalie a viabilidade do home office
Nem toda atividade laboral é adequada a essa modalidade de trabalho. Além disso, muitos funcionários não têm a disciplina e concentração necessárias para desempenhar suas atividades em casa, o que pode atrapalhar que os resultados esperados sejam alcançados.
Por isso, antes de oferecer a opção de home office, é fundamental analisar o perfil de cada função x colaborador e realizar um planejamento de implementação. Consulte a opinião dos colaboradores e realize um período de testes, aplicando essa modalidade de trabalho em um dia da semana, por exemplo.
Na administração pública, a prioridade é para as funções que exigem maior nível de concentração e dispensam uma maior interação com os colegas. Há prioridade também para as pessoas com deficiência ou que têm parentes com deficiência, lactantes, gestantes ou pessoas com dificuldades para deslocamento.
Há algumas regras que valem para todos também, como não estar em estágio probatório, não ocupar uma função de chefia ou direção, não ter subordinados e não ter sofrido penalidades administrativas.
A opção é facultativa, e existe a possibilidade de o funcionário só efetuar o trabalho remoto em alguns dias da semana — ou seja, nos outros dias, será necessário comparecer à empresa.
É importante que a organização desenvolva políticas de bem-estar que assegurem a saúde e a qualidade de vida para todos os profissionais, inclusive os que trabalham na modalidade home office.
Vale ressaltar a importância do planejamento antes da adoção da prática para qualquer funcionário a fim de ter certeza de que ele se ajustará à forma de trabalho. Também é fundamental confirmar que a função pode ser desempenhada de maneira remota sem prejuízo para a produtividade. Toda a empresa deve usufruir dos bons resultados — o funcionário individualmente e toda a coletividade.
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