A promoção da saúde no ambiente de trabalho é de vital importância não só para os colaboradores, mas também para a empresa. Os cuidados com bem-estar e qualidade de vida são mais do que uma necessidade, são hoje verdadeiras estratégias para aumento da lucratividade e longevidade do negócio.
A Dra. Maria Neira, diretora do departamento de saúde pública e ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS), diz que:
A riqueza de uma empresa depende da saúde dos trabalhadores.
Um estudo realizado pelo Institute for Health and Productivity Studies, dos Estados Unidos, confirma tal afirmação. O estudo verificou que as companhias brasileiras chegam a perder 42 bilhões de reais/ano, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto, devido à presença de funcionários doentes, que têm uma queda de rendimento.
Para evitar tais prejuízos na cadeia produtiva, é preciso implantar programas de promoção a saúde individualizados e escolher técnicas assertivas e efetivas, para que eles impactem positivamente a vida dos colaboradores e deem retorno às empresa.
E para conhecer a eficácia desses programas, é necessário medir os resultados das ações de saúde. Quer saber como mensurar esses resultados? Preparamos este artigo com algumas dicas para você.
Colete dados e informações de relevância para a promoção da saúde
Se você já iniciou a promoção de ações de saúde na sua empresa, provavelmente foi necessário realizar um diagnóstico situacional para identificar o estado de saúde dos colaboradores, os principais riscos, as doenças mais comuns, os casos mais críticos, os níveis de estresse e outros aspectos relevantes.
Nessa caminhada, você deve ter compreendido mais sobre os aspectos físicos e psicossociais do ambiente de trabalho e entendido melhor os recursos de saúde pessoal que estão disponíveis para os colaboradores.
Ao fazer o acompanhamento de saúde da equipe, você deve ter levantado informações relevantes que te direcionaram na escolha e no planejamento dos programas de saúde. E após a implantação, outros importantes indicadores poderão surgir.
A revista Proteção, especializada em conteúdos de saúde e segurança do trabalho no Brasil, exemplifica de maneira didática como seriam esses indicadores na prática.
A aferição da pressão arterial, por exemplo, seria um “dado”. Ao passo que o acompanhamento ao longo do tempo, com a realização da aferição da pressão arterial, pode trazer uma “informação”, por exemplo um diagnóstico de hipertensão arterial.
Após o diagnóstico, podem ser feitos estudos aprofundados, como: quais colaboradores sabiam que eram hipertensos, quantos já faziam acompanhamento médico, quantos usam ou passarão a usar medicação, entre outros. Esses indicadores que ajudarão a avaliar de forma detalhada, posteriormente, o sucesso ou o insucesso do tratamento e das ações de saúde.
Então, para medir os resultados, analise e compare algumas informações como:
- Qual era o estado de saúde dos colaboradores antes do programa?
- Como está o estado de saúde dos colaboradores atualmente?
- Houve diminuição do número de afastamento médicos?
- Como está o índice de absenteísmo após a implantação do programa?
- A produtividade aumentou?
- Os indicadores de doenças crônicas foram alterados?
Realize pesquisas de satisfação
Além de analisar as informações coletadas, é importante realizar também pesquisas de satisfação com os colaboradores e com os gestores para medir o envolvimento e os impactos das ações de saúde.
Os principais pontos a serem trabalhados nas pesquisas são:
Colaboradores
- Levante quantos colaboradores participam efetivamente das ações de saúde;
- Pesquise se eles se sentem mais dispostos;
- Identifique se os colaboradores gostam das ações, quais são as preferidas e quais não tem boa adesão;
- Analise se houve melhoria no clima organizacional e se a equipe está mais integrada;
- Procure saber se os colaboradores estão adotando hábitos de vida mais saudáveis;
- Avalie como anda a alimentação e a prática de atividades físicas;
- Busque ferramentas que possam avaliar o nível de estresse e fadiga;
- Levante dados que demonstrem o estado psicológico dos funcionários e se sentiram diferença no estado de humor, nas sensações e emoções.
Gestores
- Pesquise se houve melhora de foco e concentração;
- Busque os índices de absenteísmo;
- Veja os números de afastamento;
- Compreenda se a produtividade aumentou;
- Identifique as melhoras de desempenho.
Elabore melhorias e as coloque em prática
Após a fase de avaliação, que exemplificamos acima, você conseguirá avaliar quais foram os impactos positivos e negativos do programa no ambiente de trabalho, quais aspectos deixaram a desejar e não geraram os resultados esperados. Assim, é possível traçar as melhorias para que se alcance resultados cada vez melhores.
Para ajudar nesse processo, a Organização Mundial da Saúde indica o modelo de melhoria contínua, chamado PDCA (Plan-Do-Check-Act ou, em português, Planejar-Fazer-Avaliar-Melhorar). Tal modelo foi utilizado pela OMS no desenvolvimento da publicação “Ambientes de trabalho saudáveis: um modelo para ação”.
O ciclo PDCA ajuda na avaliação das ações planejadas e implementadas, permitindo se realizar correções para o desenvolvimento de programas cada vez mais efetivos.
Neste momento, veja quais medidas podem gerar essas melhorias e invista nas ações que trouxeram os melhores resultados. Leve em consideração a opinião dos gestores e dos colaboradores. Lembre-se que o engajamento da equipe é um fator decisivo para o sucesso do programa.
A OMS aponta três princípios chave que aumentam a probabilidade de sucesso das iniciativas voltadas a um ambiente de trabalho saudável, embora as empresas possuam diferentes necessidades e passem por diferentes situações. São eles: ética e valores, envolvimento do trabalhador e compromisso da Liderança.
É importante ressaltar que a avaliação e o diagnóstico prévio são fundamentais para a análise e mensuração de resultados das ações de promoção da saúde.
Este processo apoia e ajuda no crescimento e manutenção dos programas de qualidade de vida (PQVs) e garante a empresa um alto índice de retorno sobre investimento (em inglês, return on investment ou ROI).
A Declaração de Seul de 2008, sobre segurança e saúde no trabalho, afirma que um ambiente de trabalho seguro e saudável é um direito humano fundamental. Além disso, promover saúde e qualidade de vida no trabalho beneficia não só os colaboradores, mas também a empresa.
Perante a sociedade e ao mercado de trabalho, a corporação demonstra como se importa e cuida do colaborador, que por sua vez, sente-se valorizado e motivado.
Dessa forma, entender os impactos das ações de saúde permite aos gestores tomarem medidas eficientes para o progresso, manutenção e melhoria dos programas de qualidade de vida, promovendo bem-estar a toda a equipe. Para a empresa, essa mensuração ajuda a perceber se está havendo retorno diante dos investimentos e qual é o verdadeiro impacto para o negócio.
E então, pronto para implantar ações de promoção da saúde em sua empresa? Converse com a BeeCorp. Somos uma empresa especializada em desenvolver, assessorar e implantar bem-estar corporativo.