ROI na gestão de pessoas: é possível medir a felicidade?

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Categoria: Qualidade de Vida

O objetivo de todo gestor de RH é aumentar o desempenho dos colaboradores e a satisfação deles com o ambiente de trabalho. Esse pensamento é cada vez mais presente no setor, já que o colaborador feliz produz mais. É por isso que surgiu o conceito de ROI na gestão de pessoas.

O índice de retorno do investimento sempre esteve atrelado a números, mas agora tem relação com algo maior: a felicidade dos trabalhadores.

No post de hoje vamos tratar da mensuração da felicidade como um indicador de retorno do investimento. Acompanhe!

ROI na gestão de pessoas

Pode parecer estranho falar do ROI no RH, mas esse conceito é bastante atual. Essa tendência obriga as empresas a encontrarem soluções flexíveis e criativas para solucionarem os problemas de qualidade de vida e bem-estar dos colaboradores.

O assunto é tão importante que até virou tema de estudo. Eduardo Arantes, especialista no assunto e diretor da BeeCorp, questiona se a segurança, a saúde e o bem-estar devem ser vistos como custo ou investimento.

Segundo ele, é um investimento, porque hoje o caminho é a transição de uma medicina curativa para a preventiva, o que vai se transformar em retorno financeiro. Ou seja, as ações de saúde não podem ser encaradas como atividades administrativas, mas sim como uma responsabilidade social corporativa.

É a partir disso que pode existir a qualidade de vida no trabalho, sem esquecer do aumento da produtividade e da continuidade das operações da empresa. O resultado é: colaboradores amparados pelas organizações, que se sentem melhor emocional, mental e fisicamente, estão mais motivados e faltam pouco ao trabalho.

Mesmo assim, poucas empresas valorizam esse conceito. Boa parte das organizações gasta seu tempo com tarefas burocráticas de Departamento Pessoal e esquece as pessoas, que deveriam ser a prioridade.

Para que o RH seja focado em ROI, essa área deve ser estratégica e pouco burocrática. Os resultados devem ser apresentados de forma evidente e comunicar para os gestores os benefícios dos investimentos nas pessoas.

Como fazer isso? O primeiro passo é organizar suas informações e, se possível, informatizá-las. Utilizar softwares de gestão de departamento pessoal ajuda a organizar o tempo e ter informações mais concisas, além de diminuir a possibilidade de erro humano, situação que pode acontecer trabalhando com planilhas.

Outra necessidade é aproximar as áreas de RH e financeiro, que devem trabalhar em conjunto para se ter um ROI apropriado na gestão de pessoas.

RH e financeiro: um caminho estratégico

Aproximar essas duas áreas tão distintas pode parecer impossível, mas é importante buscar essa integração, pois ambos os setores têm informações relevantes que, quando analisadas em conjunto, geram vantagens e benefícios para a sua empresa.

Dados referentes a contratações, demissões, rotatividade, entre outros, revelam números muitas vezes negligenciados que impactam diretamente o resultado financeiro.

Por exemplo: você sabe quanto os custos com rotatividade interferem no lucro da empresa? Ou quanto seria economizado se fosse investido em políticas de retenção e desenvolvimento?

O ROI pode responder a essas perguntas e consegue aliar o RH ao financeiro. Ou seja, apresentar os dados desses processos ao financeiro é um caminho para conversar com os gestores sobre os impactos das ações do RH nas organizações.

Cuidar das pessoas aumenta o ROI

Cuidar das pessoas e ajudá-las a conquistar bons resultados é a missão da gestão de pessoas nas empresas. Para isso, é importante que o RH passe a ter uma postura muito mais preventiva que reativa.

É importante que as organizações estejam preocupadas com a saúde dos colaboradores antes que eles adoeçam, o que impede a ocorrência de despesas e faltas. Contudo, isso deve estar alinhado à mensuração da produtividade.

Isso pode ser explicado pela célebre frase: “colaborador motivado produz mais!”. Ainda podemos acrescentar o seguinte trecho: “…e falta menos”. Isso significa que a preocupação da organização deve estar calcada em 3 ações:

  • desenvolver programas de retenção e desenvolvimento dos colaboradores;
  • estar preocupada com a saúde física e mental dos funcionários;
  • saber o quanto eles estão sendo produtivos.

E como motivá-los para que eles sejam produtivos? Com sua postura estratégica, o RH precisa desenvolver programas de avaliação de desempenho contínuos para que os resultados de treinamentos sejam apresentados.

Por exemplo: um funcionário leva 2 horas por semana para realizar uma atividade. Após um treinamento, ele desenvolveu um meio de realizar a mesma tarefa em 30 minutos. O conhecimento novo proporcionou um ganho em produtividade de 1 hora e 30 minutos semanais, o que soma 6 horas em um mês. Esta é uma forma de apresentar os resultados de um treinamento.

No caso hipotético, vemos que se a administração de pessoas tiver caráter estratégico para a organização, ela pode gerar inovação, produtividade e bons retornos.

Metodologia para calcular o ROI no RH

Pode parecer complicado à primeira vista calcular o retorno nos investimentos em pessoas nas empresas. Para facilitar essa tarefa, vamos apresentar a Metodologia Phillips ROI, desenvolvida por Jack Phillips.

De acordo com esse método, existem 5 níveis de avaliação para mensuração:

1. Reação, satisfação e ação planejada

O nível inicial aborda os dados ligados à satisfação e à resposta dos colaboradores participantes de um treinamento e as ações que foram planejadas.

2. Aprendizado

Aqui são analisados os dados referentes ao que foi aprendido no treinamento e a capacidade dessas informações serem aplicadas pelos participantes, ou seja, o quanto eles estão confiantes em relação aos novos conhecimentos.

3. Aplicação e implementação

No terceiro nível, os dados gerados mostram o quanto os novos conhecimentos foram aplicados. Ainda é possível apontar os desafios encontrados e os fatores que auxiliaram esse processo.

4. Impacto

Nesse momento, é feita uma avaliação da aplicação dos conhecimentos e habilidades adquiridos pelos colaboradores e o quanto os resultados influenciaram positivamente os pontos em que o profissional precisava melhorar.

5. Retorno sobre o investimento

No último nível, os impactos são transformados em números e contrastados com os custos do treinamento. As melhorias precisam ser transformadas em valores para que seja possível calcular o ROI. Se os valores gerados pela melhoria forem maiores que os custos, o ROI será positivo.

Existem muitos motivos para que os projetos nas organizações não saiam do papel. Convencer gestores não é uma tarefa fácil. A linguagem que eles utilizam geralmente é voltada para o financeiro e saber dimensionar os resultados de suas ações e projetos é essencial para conquistar a tão disputada verba.

Dessa forma, vemos o quanto o ROI no RH é importante para que esse setor possa desenvolver as pessoas da organização, mostrar sua importância e o quanto gera de resultados.

Os desafios em calcular o retorno são imensos e incluem fatores como a falta de tempo, a visão operacional e os recursos escassos. Porém, essa tarefa fica mais fácil à medida que se busca organizar rotinas, contar com o auxílio da tecnologia e empregar a visão estratégica.

Gostou de saber como utilizar o ROI na gestão de pessoas e vai aplicar essas dicas agora mesmo? Então, distribua esse conhecimento compartilhando o post nas suas redes sociais!

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      Autor
      Felipe Lacerda

      Fundador e CEO BeeCorp | Escalou a BeeCorp para todo o Brasil, contabilizando mais de 900 clientes e 1 milhão de colaboradores beneficiados.

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