
Vivemos uma grande discussão sobre gêneros. Afinal, quantos gêneros são? Confesso que esta é uma das discussões mais intrigantes que já vivi. Vamos abrir nossas cabeças e corações. Cuidado com qualquer tipo de preconceito.
E nossos corações? Têm gêneros? Sim eles têm e aqui a mulher infelizmente é o “sexo frágil”. Os corações masculino e feminino têm diferenças importantes e que podem definir o risco e a evolução de algumas doenças cardíacas.
Há grandes diferenças anatômicas e funcionais. Alguns exemplos: a frequência cardíaca é 10% maior no coração feminino. Se o coração bate mais rápido ele ficará predisposto a infartos, arritmias e angina.
O calibre das artérias coronárias da mulher é 15% mais estreitos o que também favorece o entupimento, além de dificultar a realização do cateterismo e a implantação de stents.
Os sintomas de um infarto nas mulheres são menos intensos, não são tão característicos e podem ser confundidos com outras doenças. Acreditem, já atendi a inúmeras mulheres com infarto sendo tratadas como “dor de estômago”.
Alguns fatores de risco para doenças do coração, como diabetes, tabagismo, pressão alta, obesidade e depressão, têm muito mais importância no coração feminino. Essa doenças e hábitos prejudicam mais o coração da mulher do que o do homem.
Se a mulher fuma, utiliza anticoncepcional e é sedentária, sou capaz de profetizar: ela irá ter uma doença cardiovascular! Por fim, quando a mulher entra na menopausa, ela perda o efeito vasodilatador e de redução do colesterol ruim (LDL) exercido pelo hormônio estrógeno. Ou seja, vivemos a famosa “feminização” das doenças cardiovasculares. Igualdade em tudo!
Repito incansavelmente as recomendações canônicas:
Recomendo sempre a ingestão de fibras, pois elas têm ação comprovada na redução das doenças cardiovasculares. Um consumo diário de 25g de fibras pode ser atingido em um único prato. Para facilitar sua vida, montei um prato com essa quantidade de fibras:
Invista em bem-estar!
Artigo escrito por Eduardo Arantes, Diretor Técnico da BeeCorp.