A telemedicina é a inclusão de ferramentas digitais para viabilizar o atendimento de saúde a distância. Assim, pacientes podem ser atendidos independentemente de sua localização.
Os avanços na tecnologia digital afetam o funcionamento de todos os setores. Isso também se aplica ao atendimento médico, levando ao surgimento da Saúde 5.0. E um dos principais exemplos desse avanço é a telemedicina.
Essa prática já é adotada em vários contextos, seja na saúde pública, individual ou organizacional. Se utilizada corretamente, ela contribui bastante com o bem-estar dos pacientes e facilita o acesso a diversos serviços.
Acompanhe e veja mais sobre a telemedicina e conheça seus principais benefícios. Aproveite para acessar nosso material exclusivo, sobre o cuidado com o colaborador:
O que é telemedicina?
A telemedicina consiste em aplicar a tecnologia digital ao atendimento de saúde. O principal exemplo disso é o atendimento remoto por meio de chamadas de vídeo, em que um médico pode ouvir o paciente, informar-se sobre os sintomas e analisar o resultado de exames.
Essa prática está presente tanto em consultas particulares quanto na saúde coletiva, oferecendo mais flexibilidade aos profissionais e pacientes.
Quando e onde surgiu a telemedicina?
As primeiras aplicações do atendimento médico a distância, na verdade, começaram bem antes da saúde digital.
O primeiro caso de telemedicina foi em 1967, quando se criou uma linha de comunicação partindo do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, até o aeroporto de Boston. Essa conexão permitia que os médicos realizassem consultas de emergência no aeroporto com mais rapidez.
Porém, seus avanços significativos ocorreram com a chegada dos computadores e da internet, tornando a comunicação a distância mais rápida e eficiente. Na década de 1990, com as ferramentas de videoconferência, essa prática se tornou ainda mais comum.
Quais os tipos de serviços de telemedicina
Com diferentes recursos de tecnologia disponíveis, a telemedicina pode ser aplicada em vários contextos. Alguns dos principais exemplos são:
- Consultas: avaliação de exames, check-ups e orientações para o paciente;
- Monitoramento: acompanhar o desenvolvimento de determinadas condições nos pacientes;
- Atendimento psicológico: consultas voltadas para a área de saúde mental;
- Triagem: avaliação inicial de pacientes e indicação para as áreas necessárias;
- Consultoria: segunda opinião em diferentes casos e avaliações.
Com o desenvolvimento e inclusão de novas ferramentas, a expectativa é que essa prática ganhe mais aplicações.
A importância da telemedicina no Brasil
No Brasil, garantir o acesso adequado a serviços de saúde é um desafio. Existem obstáculos geográficos, como a localização de comunidades em áreas remotas, que limita quem pode buscar esses benefícios.
A questão da praticidade também é importante. Muitas pessoas não procuram certos tratamentos, pois eles demandam muito tempo, interferindo em seu trabalho e sua rotina. Mais uma questão que a telemedicina ajuda a resolver.
Um exemplo disso é o Novembro Azul, dedicado ao combate ao câncer de próstata. Culturalmente, muitos homens não realizam exames preventivos regulares, o que aumenta o risco de casos graves. A conveniência da telemedicina é uma forma de manter essa população envolvida na própria saúde e buscar tratamento quanto necessário.
Benefícios da telemedicina
A adoção da telemedicina na saúde pública, privada e ocupacional já trouxe diversos benefícios para a população. Acompanhe e entenda suas principais contribuições.
Acesso mais fácil a serviços de saúde
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é de se esperar que muitas áreas fiquem bastante isoladas das grandes cidades. Isso pode limitar o acesso a serviços de saúde para as pessoas que mais precisam.
Nesse ponto, a telemedicina se torna um componente indispensável para promover a saúde e bem-estar em certas áreas. Assim, mesmo locais com baixa infraestrutura e poucas vias de acesso podem contar com serviços como consultas, avaliação de exames, entre outros, em menos tempo.
Escalabilidade do atendimento
Seja nas empresas, seja no atendimento pessoal, pode ser difícil para os profissionais de saúde acompanhar a demanda dos pacientes. Um único programa de saúde ocupacional, por exemplo, pode envolver centenas de atendimentos.
Com a criação de ferramentas, a telemedicina pode ampliar o número de atendimentos realizados por dia. Seja reduzindo o tempo de espera nas triagens, facilitando sua organização ou automatizando parte do trabalho.
Maior conveniência para o paciente
Como mencionamos, um dos possíveis desafios na promoção de saúde é incentivar os pacientes a buscar esses serviços. Se eles não procuram exames ou tratamentos, os riscos ao seu bem-estar são maiores.
Ao mesmo tempo, essa dificuldade resulta da inconveniência de alguns desses serviços. Sair de casa e esperar muito tempo na fila de uma clínica é frustrante e apresenta seus riscos para pessoas doentes ou idosas.
Mais uma vez, a telemedicina se mostra como uma solução, pois o paciente pode realizar sua consulta sem sair de casa. Algo que pode ser indispensável em casos mais graves.
Suporte ao atendimento tradicional
Com o crescimento da Saúde 5.0, a expectativa é que a telemedicina continue crescendo como forma de atendimento ao paciente. Porém, ela não deve ser pensada como substituição do atendimento tradicional.
Pelo contrário, ambas se complementam. Ao tornar as consultas iniciais mais simples e convenientes, o paciente fica incentivado a buscar tratamento quando for necessário.
Um dos melhores exemplos disso é a aplicação da medicina aos cuidados paliativos. Segundo o estudo REACH-PC Trial, realizado nos Estados Unidos, 1250 pacientes diagnosticados com câncer de pulmão foram divididos em dois grupos. Um recebeu atendimento presencial e outro recebeu atendimento remoto.
Foi feita uma avaliação de satisfação com o atendimento médico nos dois grupos em diferentes pontos do seu cuidado, apresentando resultados similares. A conclusão é que a telemedicina pode ser igualmente eficaz na aplicação de cuidados paliativos em comparação com o atendimento presencial.
Como a telemedicina é regulada?
No Brasil, a prática da telemedicina passou a ser regulada em 2002, com a formação do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde. Ela foi oficializada pelo Conselho Federal de Saúde por meio da Resolução 1643, permitindo que médicos realizassem o atendimento remoto.
Naturalmente, qualquer instituição que preste esse serviço deve ter a infraestrutura adequada para manter o atendimento, sem deixar o paciente desamparado. Além disso, ela está sujeita às normas de privacidade e gestão de dados que se aplicam a qualquer atendimento online.
A expectativa é a telemedicina continuar se refinando. Hoje, a aceitação do público para esses serviços já é maior, o que facilita seu acesso. Mas ainda há muito progresso a ser feito com os avanços da tecnologia.
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