Um dos grandes impactos do novo coronavírus nas empresas foi a mudança do sistema de trabalho, que passou a ser remoto. Aos poucos as atividades estão sendo retomadas, mas é fato que a pandemia ainda não acabou. Então, é preciso preparar a empresa para a volta ao trabalho físico.
A sociedade como um todo sentiu os reflexos da pandemia. Até junho de 2020, 160 países estavam convivendo com o novo coronavírus. O Brasil estava entre os 75 mais afetados. Com isso, houve mudanças significativas na rotina, que modelaram o “novo normal”. Porém, muitas adequações realizadas durante a crise vão perpetuar depois que ela estiver controlada.
Ainda existe um grande caminho pela frente para que a Covid-19 não seja mais um grande risco. Até lá, é preciso garantir a segurança dos trabalhadores. A sua empresa já está preparada? Continue a leitura e veja como assegurar um retorno seguro ao trabalho físico.
O primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi registrado em fevereiro de 2020. Há meses os brasileiros convivem com o novo coronavírus e, o isolamento, associado ao fechamento da economia, foi uma das ações adotadas para tentar conter essa crise.
Durante meses pandemia e saúde foram prioridade, mas não é mais possível manter a economia fechada, e a volta ao trabalho já foi iniciada. Entretanto, este retorno não pode ocorrer de qualquer jeito, pois a crise ainda não foi contida e o risco existe.
Diversas mudanças aconteceram durante a quarentena e muitas empresas precisaram se adequar para continuar oferecendo seus serviços. O comportamento das pessoas também mudou com a busca por novas alternativas de consumo, e tudo isso fez se instalar o “novo normal”.
Diante desse cenário ainda inédito, as empresas têm o desafio de se planejar para traçar um plano de ação efetivo na volta ao trabalho. É fundamental estar ciente de que é preciso mudar e implementar novas medidas, colocando como prioridade o cuidado com a saúde e a segurança dos colaboradores.
Não podemos nos esquecer que a quarentena ocorreu devido o alto índice de disseminação do novo coronavírus, que é transmitido de pessoa para pessoa e pode permanecer ativo em diferentes superfícies por dias. Sendo assim, no ambiente de trabalho, onde convivem diversas pessoas, os cuidados são indispensáveis.
A priorização da saúde do trabalhador sempre foi importante, mas agora se tornou ainda mais essencial. É preciso oferecer sensação de segurança e conforto ao grupo de funcionários, uma vez que essas ações influenciam diretamente em sua motivação, satisfação e produtividade.
Para iniciar as adequações na empresa visando a segurança aos trabalhadores, pode-se começar observando as orientações da Organização internacional do Trabalho (OIT) para a volta ao trabalho. A nota de orientação foi chamada de “Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da covid-19”, contendo uma lista de medidas recomendadas. Algumas empresas já estão adaptadas, outras ainda se adaptando.
Na We Work, cujo foco é o compartilhamento de escritórios, as sinalizações, o cuidado redobrado com a higiene e o distanciamento estão sendo adotados. Já a montadora Moto Honda, da Amazônia, manteve parte dos colaboradores ainda em regime de home office. Na gigante Renner, o investimento pesado foi em limpeza e higienização.
A seguir, seguem algumas dicas para que sua empresa faça a adequação e volte com segurança.
É verdade que durante a pandemia muitas empresas tiveram perdas financeiras significativas por causa da queda de produção e consumo. Porém, na volta ao trabalho, por mais que seja importante recuperar esse tempo perdido, é preciso priorizar o cuidado com os colaboradores.
O retorno deve acontecer considerando o nível de segurança que a empresa consegue oferecer. Em muitos casos, é preciso que ele aconteça gradativamente, e ainda devem ser analisados os riscos específicos em função das atividades desempenhadas. Mais uma vez, vemos a importância de adequar as mudanças para atender à necessidade de cada negócio.
Para personalizar esse retorno também é fundamental avaliar a situação da empresa. Deve ser considerado, por exemplo, quantos funcionários realmente precisam fazer a volta ao trabalho físico, quem são aqueles que pertencem a grupos de risco, qual é o nível de exposição, entre outros detalhes.
Deve-se buscar ainda informações acerca de normas e exigências de cada segmento de atuação. Lembrando que estados e municípios dispõem da sua própria legislação, e ela deve ser consultada ao fazer as mudanças e adequações conforme o que foi determinado.
Como explicamos, um dos motivos para fazer as adequações ao novo normal dentro das empresas é trazer segurança emocional para os colaboradores. Logo, essas pessoas não só precisam encontrar recursos físicos que garantam a sua proteção, mas também o apoio emocional.
Não podemos nos esquecer que a pandemia trouxe impactos para a saúde mental de muitos, e que ainda existe o temor de contrair a doença, incertezas com relação ao futuro e inseguranças. Cabe à empresa oferecer treinamento para que os colaboradores saibam como agir durante a pandemia, ao mesmo tempo em que recebem o suporte psicológico.
Mais uma vez reforçamos que cada empresa apresenta suas necessidades na volta ao trabalho físico. Portanto, as medidas de segurança devem estar adequadas ao cenário de cada uma, a fim de desenvolver um plano de ação customizado.
Ainda assim, como você viu, a Organização Internacional do Trabalho deixou algumas medidas de orientação que são válidas para diferentes setores. Veja, a seguir, as principais ações para dar início a essa retomada, sempre considerando a importância da saúde.
O livre acesso às áreas da empresa não pode acontecer. É fundamental controlar a entrada de pessoas e garantir que isso aconteça sem aglomerações. Outra medida interessante é eliminar barreiras ou minimizar ao máximo a necessidade de tocar em maçanetas ou botões.
O trajeto até o trabalho também deve ser considerado. Os colaboradores precisam receber suporte nesse sentido, em especial para aqueles que dependem de serviços coletivos, que estão em maior exposição.
A máscara já se tornou acessório inseparável no dia a dia, mas devemos garantir que ela seja usada no ambiente de trabalho. Agora ela está entre os EPIs, sendo fundamental que todos os colaboradores tenham acesso a esse equipamento.
Lembrando que ela precisa ser substituída ao longo do dia, por isso, cada profissional precisa de mais de uma. Alguns podem precisar, ainda, de luvas, aventais e máscara facial de acrílico. Cabe à empresa fornecer os itens necessários e instruir sobre o modo correto de uso, retirada e higienização.
O distanciamento físico é uma medida preventiva contra a Covid-19, então, na volta ao trabalho, pode ser necessário reprojetar o ambiente para manter uma distância segura entre os colaboradores. Sinalizações são fundamentais para relembrar a necessidade da mudança de comportamento, e isso também deve ser feito em treinamento.
A higiene pessoal deve ser incentivada e devem ser oferecidos os produtos para viabilizá-la. Os colaboradores precisam ser instruídos sobre como higienizar corretamente as mãos no ambiente de trabalho, sendo necessário disponibilizar sabão e garantir que todos tenham acesso ao álcool gel. Itens como copos e toalhas devem ser de uso pessoal ou descartáveis.
O ambiente também precisa ser mantido sob limpeza rigorosa. As superfícies devem ser desinfetadas constantemente, principalmente aquelas tocadas com frequência, como corrimão, maçanetas, interruptores, botões e balcões. Deve ser dada atenção redobrada para os banheiros e o refeitório.
A tecnologia, que se mostrou uma grande aliada durante a quarentena, continuará sendo indispensável na volta ao trabalho. Ela pode ser explorada para evitar o contato físico, reduzindo ao máximo o uso de papel.
Podem ser utilizados aplicativos para comunicação, envio de lembretes e mensagens. A digitalização de informações e o salvamento de documentos em nuvem permite compartilhá-los e acessá-los em meio virtual, sem versões impressas.
Como a volta ao trabalho precisa ser adequada à realidade de cada negócio, é interessante contar com uma empresa especializada para fazer essa análise e traçar um plano de retomada efetivo. Além disso, não se esqueça que os líderes desempenham um papel importante nesse momento, sendo facilitadores da implementação das mudanças e o principal exemplo.
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