Trabalhar é uma atividade que exige diariamente boa saúde emocional. Para garantir bons resultados, é fundamental manter o equilíbrio das emoções.
No âmbito profissional, pode-se dizer que a autoestima é tão importante quanto o currículo, pois tanto sua presença quanto sua ausência vão afetar diretamente o desempenho e comprometer ou alavancar a produtividade no trabalho.
Nesse contexto, ela deve ser incentivada dentro e fora da empresa por meio de práticas que promovam a saúde, a motivação e a satisfação pessoal.
Neste artigo, abordaremos a relação entre autoestima e produtividade e mostraremos como essa combinação pode influenciar de forma positiva as relações profissionais. Confira:
O que é autoestima?
Para a Psicologia, autoestima é a sensação de valor que uma pessoa tem a respeito de si mesma. Na Administração, ela representa um papel de importância na hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, que a define como uma das necessidades básicas humanas. Já no dicionário Aurélio, significa apreço ou valorização que uma pessoa confere a si mesma, transmitindo confiança nos próprios atos e pensamentos.
Quem possui autoestima elevada acredita na sua capacidade e, assim, produz mais resultados tanto na vida pessoal quanto na profissional. Além disso, mantém saúde equilibrada, bons relacionamentos, estilo de vida saudável e, claro, maior produtividade.
Segundo a psicóloga e coach Beatriz Acampora, a autoestima elevada faz com que a pessoa reconheça suas qualificações e se sinta apta para trabalhar em qualquer lugar.
Por isso, a cada dia mais empresas se preocupam em oferecer condições de trabalho que promovam a satisfação dos seus funcionários, investindo em práticas como ginástica laboral, cursos de reciclagem, adequação de salas e criação de espaços para descompressão.
Quais são os sintomas da baixa autoestima?
Os sinais da baixa autoestima podem variar conforme o profissional e o seu momento. Isso inclui sua intensidade, história pessoal e percepções ao longo da vida.
Entre os sintomas mais comuns, podemos destacar:
- necessidade constante de aprovação, elogios e reconhecimento externo;
- pânico ao pensar que suas atividades não serão aprovadas;
- não aceitar os próprios erros e procurar culpados por falhas que são de sua responsabilidade;
- falta de confiança em si mesmo e em sua capacidade de crescimento e evolução;
- desatenção às próprias aptidões, habilidades e competências;
- procrastinação e preguiça em demandas que antes eram feitas sem dificuldades;
- perfeccionismo;
- pessimismo;
- dificuldade de concentração;
- comparação com outras pessoas;
- competitividade em excesso;
- falta de habilidade para lidar com críticas;
- dificuldade para reconhecer as próprias vitórias e conquistas.
Quais são consequências da baixa autoestima?
As consequências da baixa autoestima no trabalho são inúmeras. O profissional que se encontra nessa condição costuma ter sua produtividade e capacidade de atender demandas no prazo prejudicadas.
Quem sofre desse mal também pode desenvolver outras doenças causadas pela baixa autoestima (como a depressão), o que reforça a importância de não negligenciar os sinais da baixa autoestima, conforme citamos anteriormente.
Além disso, o profissional acaba se isolando dentro de sua zona de conforto. Ou seja, ele acredita tanto em sua incapacidade de realizar qualquer atividade, que acaba desistindo no meio do caminho, criando-se, assim, um círculo vicioso em que nenhuma atividade é concluída.
Como a autoestima afeta a produtividade no trabalho?
Para o psicólogo Marco Ornelas, a falta de autoestima afeta diretamente a rotina profissional. Ele afirma que uma pessoa nessa situação acredita que não é capaz de dar conta das tarefas, o que acaba gerando frustração e procrastinação, afetando diretamente os resultados.
Isso tudo pode virar uma bola de neve se não houver uma política de promoção de saúde e qualidade de vida dentro da empresa e ações que elevem a autoestima dos indivíduos, fazendo com que se sintam valorizados no ambiente de trabalho.
Sendo assim, profissionais desmotivados e que não reconhecem os próprios valores afetam todo o organismo em que estão inseridos, fazendo com que o trabalho em equipe fique comprometido.
Os sinais mais comuns da falta de autoestima no ambiente profissional são:
- pessimismo;
- incapacidade de emitir suas opiniões;
- isolamento social;
- falta de fé em si mesmo;
- medo de desafios;
- sensação de fracasso;
- tendência à procrastinação;
- dificuldade de reconhecer os próprios erros.
Esse comportamento leva muitas vezes à perda de comunicação, fazendo com que haja diminuição na rede de contato e, consequentemente, perda de oportunidades profissionais. Por isso, a importância de conhecer a relação entre autoestima e produtividade é essencial para o dia a dia de trabalho.
Como melhorar a autoestima entre os funcionários?
Segundo pesquisas recentes, manter uma equipe 100% satisfeita é um grande desafio para as empresas. Por isso, vale a pena repensar o modelo de gestão e começar a investir na qualidade de vida dos funcionários.
Para cerca de 60% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pela Randstad, trabalhar em uma empresa com clima amigável e colegas agradáveis é mais importante do que receber um bom salário. Veja abaixo como estabelecer esse novo modelo de gestão e garantir funcionários satisfeitos.
Invista na ginástica laboral
Trata-se da ginástica realizada no ambiente profissional com a finalidade de promover o lazer, a recuperação e a manutenção da qualidade de vida dos seus colaboradores.
Além dos benefícios físicos e da diminuição dos riscos de acidente de trabalho, essa prática torna o ambiente mais leve, melhorando o clima organizacional e a interação da equipe.
Faça feedback ético
O feedback deve ser individual. Chamar atenção na frente de toda a equipe, além de não ser ético, compromete e autoestima do funcionário. Seu objetivo deve ser sempre encorajar, criar confiança e, principalmente, buscar soluções para alcançar o resultado esperado.
Sendo assim, se houver necessidade da crítica construtiva, que seja da maneira correta. Leve o colaborador a encontrar um novo caminho sem comprometer sua autoestima.
Invista no bem-estar dos funcionários
O bem-estar no ambiente de trabalho é o resultado de diversas ações que visam à satisfação dos colaboradores. Investir em salas dinâmicas, num espaço adequado para as refeições e no mobiliário de acordo com os padrões ergonômicos demonstra que a empresa valoriza as equipes.
Inclusive, é cada vez mais comum entre as empresas a criação de salas de descompressão, que são locais destinados ao descanso dos funcionários. O principal objetivo dessa iniciativa é a diminuição do estresse e o aumento do bem-estar.
Aproxime a equipe
A rede de relacionamentos é importante e deve ser incentivada. Uma equipe motivada produz mais e apresenta menos casos de estresse e baixa autoestima.
Criar uma prática onde todos os integrantes estejam reunidos, inclusive com o líder, faz com ocorra uma troca saudável de informações sobre os principais desafios de cada setor.
Celebre as conquistas
Reconhecer o empenho do grupo diante das conquistas e criar recompensas para metas são ações que ajudam a melhor o relacionamento dentro da empresa.
Mesmo que sejam pequenas atitudes, o importante é não perder a oportunidade. Em longo prazo, elas vão fazer a diferença e ainda aumentar a competitividade dentro da empresa de forma saudável.
Como você pode perceber, o investimento em ações que visam à saúde física e psicológica do corpo humano da empresa é, além de um novo modelo de gerência, uma forma de direcioná-lo a bons resultados, propiciando um ambiente profissional mais agradável e colaboradores motivados.
Agora que você já sabe como a autoestima afeta a produtividade no trabalho, assine nossa newsletter e receba mais conteúdos como esse no seu e-mail!
[…] Agregar à equipe um compartilhamento de informações e de atividades que inspire união, responsabilidade e autoestima; […]