Há quem diga que cada pessoa tem sua opção sexual. Porém, esse não é o termo correto. Afinal, sexualidade não é uma escolha, é algo inerente ao ser. Por isso, o termo correto é orientação sexual. São exemplos de orientações a assexualidade e a pansexualidade.
Afinal, se uma pessoa heterossexual não escolhe ser quem é, por que um homossexual escolheria?
A diversidade é um assunto de extrema importância nas empresas. Por isso, é fundamental que todos saibam todas as nuances dessa pauta, justamente para que possam respeitar a individualidade de todos.
Além disso, é uma forma de aplicar o ESG, termo amplamente difundido e utilizado atualmente.
Quer saber outras formas de cuidar dos seus colaboradores? Confira também nosso material sobre esse assunto:
Orientação Sexual e Identidade de Gênero
Orientação sexual trata sobre a atração entre as pessoas, que pode se dar de diversas formas. No entanto, existe um outro conceito importante sobre o assunto: identidade de gênero.
Segundo a UNICEF, a identidade de gênero está atrelada a como cada indivíduo percebe o próprio corpo. Isso quer dizer que uma pessoa que nasceu com o sexo biológico feminino pode se identificar como um homem, por exemplo.
Identidade de gênero e orientação sexual são conceitos separados. Ou seja, mesmo que uma pessoa não se identifique com seu corpo biológico, ela ainda pode ter atração sexual por pessoas do sexo oposto.
Por conta dessas variações criou-se a sigla LGBTQIA +. Ela se refere a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e as demais orientações e identidades de gênero, representadas pelo símbolo +.
Entender sobre esses conceitos colabora para a saúde física, mental e social dos membros dessa comunidade. Sendo assim, é importante conhecer os termos.
Assexualidade
Considerada uma orientação sexual, a assexualidade tem a ver tanto com o sexo quanto com as necessidades emocionais. Isso quer dizer que uma pessoa assexuada pode querer estar em um relacionamento romântico sem sexo envolvido.
Um dos termos que mais causa dúvida, considera-se a assexualidade um espectro, segundo a ONG norte-americana The Trevor Project. Ou seja, possui diversas amplitudes ou tipos, tais como:
- Desinteresse total ou aversão ao sexo;
- Interesse por sexo somente em algumas situações, momentos ou pessoas;
- Indiferença ao sexo e ao comportamento sexual;
- Repulsa ou nojo ao sexo.
Pansexualidade
Termo usado desde 1917, a pansexualidade se tornou popular no final do século XX. O indivíduo considerado pansexual é aquele que sente atração por qualquer identidade de gênero.
Normalmente confunde-se a pansexualidade com a bissexualidade. No entanto, são conceitos diferentes. Isso porque a pessoa bissexual sente atração por um grupo limitado de gêneros e o pansexual não leva o gênero como determinante.
Além da assexualidade: outras orientações sexuais
Mesmo que nosso foco seja falar de assexualidade e pansexualidade, vamos mencionar outras orientações para que você entenda um pouco mais.
Demissexual
Usou-se o termo demissexual em 2006, quando um usuário de um fórum sobre assexualidade falou que só sentia atração sexual por alguém que já tivesse uma conexão emocional.
A demissexualidade faz parte do espectro da assexualidade. Além disso, considera-se uma identidade sexual, já que não tem relação com sexo biológico ou gênero.
Bissexual
Nós mencionamos um pouco sobre a bissexualidade e a pansexualidade, já que os termos normalmente se confundem.
No entanto, a definição de bissexual é do indivíduo que sente atração tanto pelo próprio gênero quanto por outros.
É importante salientar que não há um padrão definido para a bissexualidade. Sendo assim, cada pessoa vivencia diferente dessa atração, que pode variar desde os momentos, até a intensidade, por pessoas de um gênero específico.
Lésbica
Tradicionalmente, lésbicas são mulheres que sentem atração sexual e/ou romântica por mulheres.
No entanto, existem também as pessoas não binárias que são aquelas que não se identificam nem como homem nem como mulher.
Sendo assim, também considera-se lésbica uma pessoa não binária que tem conexão com a feminilidade, e se atrai por mulheres.
Transexual e travesti
Por mais que muitas pessoas não saibam a diferença, a definição de transexual é aquela pessoa que não se identifica com seu sexo biológico, podendo ter identidade masculina ou feminina.
Já as travestis são identidades trans, mas que se referem apenas a pessoas que se identificam com identidades femininas.
Tanto transexuais quanto travestis podem ou não tomar hormônios ou realizar cirurgias para se assemelharem pelo sexo identificado.
Diversidade e Inclusão nas empresas: como realmente promover
E aí? Ficaram claros os termos? Pois saiba que saber a respeito deles é uma maneira de promover a diversidade e inclusão na empresa. E o mais importante: prezar pela qualidade de vida de toda a população da empresa.
Empresas que promovem diversidade e inclusão acabam também proporcionando autoestima e bem-estar aos colaboradores. Por conta disso, respeitar as pessoas, suas orientações e identidades de gênero é fundamental. Por isso a importância de entender mais sobre assexualidade e outras orientações.
Principalmente, porque o Brasil é considerado o país que mais mata LGBTIA+ no mundo, segundo dados do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil 2022. Sendo assim, não se trata apenas de incluir essas minorias, mas de protegê-las.
Considerado um dos tópicos de maior preocupação no meio corporativo, colocar em prática a diversidade e inclusão pode não ser uma tarefa fácil.
Pode ser difícil conciliar o momento da sua empresa com o direcionamentos de esforços para cuidar da equipe. Entenda mais em nosso guia completo e exclusivo:
E se você quer formar um time diverso e colaborar para uma cultura organizacional inclusiva e voltada para o bem-estar e para as pessoas, confira algumas dicas:
Assexualidade e muito mais: falar sobre diversidade
Por mais que esse assunto esteja diariamente exposto nas mídias e redes sociais, ainda existem pessoas que não têm contato ou até evitam falar sobre diversidade.
Dessa forma, é papel da empresa introduzir a discussão sobre o assunto. Isso pode ser feito através de um Comitê de Diversidade e Inclusão.
Esse comitê deve elaborar uma política de diversidade, além de um plano de ação para colocá-la em prática. Também será necessário um monitoramento tanto das atividades quanto dos resultados.
Com uma política bem-estruturada, pessoas LGBTQIA+ sentem-se mais seguras no ambiente de trabalho. Assim, são reduzidos casos de adoecimento mental, como o quadro de ansiedade.
Estabeleça como uma meta para todos
Para que essa pauta seja realmente levada à sério, é preciso a participação de todos. Isso quer dizer que os líderes e gestores também devem estar engajados e envolvidos no processo.
Então, além da sua participação, também se faz necessário que os executivos assumam uma postura de comprometimento. E isso inclui não admitir comportamentos de discriminação dos seus subordinados.
Reveja processos de recrutamento
Muitos processos seletivos acabam não contemplando pessoas LGBTQIA + por conta do preconceito, mesmo que seja algo inconsciente.
Dessa forma, é preciso priorizar que as habilidades sejam o foco no recrutamento, deixando de lado aparência e condições físicas.
Inclusive, esse assunto é um dado de pesquisa do projeto TransVida, do Grupo pela Vidda. Segundo o relatório, muitas pessoas trans são impedidas de produzir e trabalhar por conta da discriminação.
Por último, abra vagas exclusivas para abraçar a diversidade, considerando a necessidade de que as minorias também ocupem cargos de liderança. Assine nossa newsletter e acompanhe nossos conteúdos sobre bem-estar, saúde e gestão.