Essa sensação natural é um estado de angústia caracterizado pela sensação de medo, insegurança e incerteza. A ansiedade desencadeia diversos sintomas, como excesso de preocupação, pensamento acelerado, insônia, fobias, inquietação, irritabilidade e outros. Em situação extremas, é possível que aconteça uma crise de ansiedade.
No entanto, essa condição não provoca apenas manifestações comportamentais e psicológicas. A ansiedade pode causar até mesmo alergia emocional e vários outros sintomas físicos, que afetam a qualidade de vida. Por isso, é um problema que precisa ser prevenido e tratado.
Entre outros tópicos sobre ansiedade, vamos discutir nesse conteúdo:
Para manter a saúde mental no dia a dia, veja o nosso material exclusivo:
Diferença entre ansiedade e medo
Apesar de a ansiedade desencadear medo, é importante entender que existe diferença entre os conceitos. Quando uma pessoa sente medo, ela tem uma resposta emocional a uma ameaça iminente, que é real ou que foi percebida. O risco de fato existe.
Na ansiedade, a resposta emocional é a antecipação de uma ameaça. Pode ser que isso aconteça ou não. É por isso que ouvimos dizer que quem tem ansiedade sofre pelo futuro, mas um futuro que talvez nem aconteça.
Como a ansiedade é um tema muito atual, preparamos este conteúdo para você entender melhor o conceito. Continue lendo e veja também os tipos que existem, os sintomas da ansiedade e as opções de tratamento.
Quais são os sintomas da ansiedade?
Os sintomas da ansiedade podem ser físicos ou psicológicos. Veja abaixo:
Sintomas físicos
Os sintomas físicos da ansiedade acontecem porque a sensação de ameaça faz com que o organismo produza e libere hormônios como o cortisol e a adrenalina. O objetivo é preparar para o combate ou a fuga.
A liberação contínua dessas substâncias causa desequilíbrios orgânicos provocando sintomas como:
- tremores;
- fadiga;
- taquicardia;
- sudorese;
- falta de ar;
- alterações gastrointestinais;
- respiração ofegante;
- dor no peito;
- boca seca;
- náuseas;
- tensão muscular;
- tontura;
- formigamentos.
Sintomas psicológicos
Os sintomas psicológicos da ansiedade chegam a ser limitantes, em alguns casos. Isso porque “sugam a energia” da pessoa, afetando a sua produtividade no trabalho. Essas manifestações incluem:
- preocupações excessivas;
- medos e inseguranças;
- sensação de que algo ruim vai acontecer;
- nervosismo ou tensão constante;
- falta de concentração;
- pensamentos descontrolados;
- irritabilidade;
- agitação;
- descontrole emocional.
Esses são alguns dos fatores de riscos psicossociais. Veja um guia completo sobre o assunto:
Tipos de transtornos de ansiedade: o que são e quais são
Você viu que a ansiedade é uma resposta natural, mas que em excesso ela se torna um transtorno e os sintomas se tornam um grande problema. Essa condição pode se manifestar de diferentes formas, o que leva a vários tipos de ansiedade. Confira a seguir.
TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada
Caracterizada pelo sentimento constante de tensão e de preocupação. A pessoa se sente ansiosa diante das mais diferentes situações, inclusive comuns do dia a dia. Afeta de forma significativa a concentração e a produtividade.
Síndrome do pânico
A síndrome do pânico manifesta-se como um período de ansiedade muito intensa em que ataques de pânico acontecem de forma inesperada. Há sensação de perigo iminente, medo muito forte da morte ou a sensação de estar fora da realidade.
Fobia
Há vários tipos de fobia. De um modo geral, trata-se do medo irracional e persistente de uma determinada situação, um objeto, uma atividade ou qualquer outro fator que faça com que o indivíduo se sinta em perigo. As fobias causam pânico incontrolável quando a pessoa está diante daquilo que a faz se sentir ameaçada.
Estresse pós-traumático
É decorrente de uma situação traumática que a pessoa vivenciou ou testemunhou. Ao relembrar o que aconteceu, ela tem a mesma sensação do sofrimento experimentado. Pode reviver o trauma várias e várias vezes.
Transtorno Obsessivo Compulsivo
Também conhecido como TOC. Quem tem essa condição tem compulsões e obsessões que não consegue controlar. Pode ser, por exemplo, manter objetos na mesma ordem, manias como de limpeza, manter portas fechadas ou trancadas, e assim por diante.
Como controlar a ansiedade?
Para quem tem a ansiedade como um transtorno patológico, o quadro deve ser controlado todos os dias. Como você viu, há várias medidas preventivas para diminuir as tensões e aumentar o bem-estar.
O autoconhecimento, como dito, é fundamental para saber lidar com as próprias emoções. Para isso, uma boa opção é a psicoterapia. Esse tratamento faz toda a diferença para desenvolver essa habilidade e a inteligência emocional.
O que é bom para tirar a ansiedade?
A adoção de hábitos saudáveis é indispensável para cuidar melhor da saúde mental e física, como por meio da alimentação equilibrada. Algumas vitaminas são fundamentais para a formação dos neurotransmissores que causam bem-estar.
É possível também investir mais em atividades que aliviam o estresse, como ouvir uma boa música, tomar um banho de imersão, praticar meditação ou manter um hobby. Assim é possível tirar o foco das preocupações.
DDS de ansiedade
O Diálogo Diário de Segurança é uma ótima oportunidade para que a empresa trate sobre ansiedade, um tema tão relevante na sociedade contemporânea.
Para isso, um tópico interessante sobre ansiedade de ser trazido para o DDS é justamente “Como controlar a ansiedade”. Veja abaixo como lidar com uma crise para saber como discutir o tema:
O que fazer durante uma crise de ansiedade?
Existem algumas técnicas e medidas que podem ser adotadas durante uma crise de ansiedade. Essas manobras ajudam a reequilibrar o organismo, reorganizar os pensamentos e controlar as emoções. Veja o que precisa ser feito quando uma crise ocorrer.
- Procure um lugar tranquilo e com o mínimo de pessoas para reduzir a sensação de sufocamento e minimizar a tensão.
- Converse consigo mesmo explicando a situação para entender o que está acontecendo e reconhecer que não existe risco real.
- Distraia a mente tirando o foco da situação.
- Beba um pouco de água ou um chá relaxante, como de camomila.
Como diminuir a ansiedade rapidamente?
Inspire devagar pelo nariz, conte até três e expire. Faça isso repetidas vezes até conseguir controlar a respiração e sentir o coração desacelerar.
É importante evitar o autojulgamento e a autocobrança no momento da crise. Ser gentil consigo mesmo faz a diferença para conseguir controlar a situação. Quando isso acontecer, essa vitória precisa ser comemorada para que, aos poucos, as crises se tornem cada vez mais curtas e escassas.
Mas afinal, o que é ansiedade?
Hoje em dia tem se falado muito sobre a ansiedade e seus malefícios. Entretanto, nem todo mundo sabe que ela é um estado natural do ser humano, e que nem sempre se caracteriza como um problema.
A ansiedade é uma reação a situações que se caracterizam como risco para uma pessoa. O nervosismo que sentimos na hora de falar em público ou durante uma entrevista de emprego é desencadeado pela ansiedade e pode ser um sintoma para esse problema.
Ela também acontece às vésperas de um processo seletivo, no dia da consulta com o dentista ou de fazer um exame médico. A mente e o organismo reagem permanecendo em estado de alerta devido à incerteza daquilo que vai acontecer.
Sentir ansiedade até certo limite é normal. Essa reação se torna um problema quando passa a acontecer de forma constante e a prejudicar a qualidade de vida. Nessas situações, existe um quadro de ansiedade patológica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas, sendo 9,3% da população. Quando essa condição afeta o bem-estar e a produtividade, é preciso agir para evitar maiores prejuízos.
Causas e fatores de risco
As causas da ansiedade ainda não estão cientificamente definidas. O problema pode ter diferentes origens. O excesso de estresse, por exemplo, pode levar a ele. Por isso, o ambiente de trabalho, quando não é saudável, favorece a ansiedade nos colaboradores.
A jornada excessiva, as cobranças, a pressão por resultados e os conflitos tendem a causar esse tipo de efeito. Daí a importância de adotar medidas, como: pausas periódicas, organização de grupos de ginástica laboral, yoga, oferta de quick massage e outros que ajudem a favorecer o bem-estar e aliviar as tensões.
Outros fatores ambientais, externos ao ambiente de trabalho, também favorecem a ansiedade, como a rotina agitada e viver em centros urbanos. Além desses fatores, algumas pessoas têm uma personalidade com base ansiosa. Logo, são naturalmente mais tensas e propensas ao problema.
A ansiedade também tem causas relacionadas:
- a genes específicos;
- ao papel social em ser mulher;
- a vivência de traumas.
Até mesmo alguns hábitos podem favorecer a ansiedade, como:
- tomar muito café ou outros estimulantes;
- ingerir muito açúcar refinado;
- ter uma vida sedentária;
- cultivar pensamentos negativos;
- consumir muita gordura saturada;
- ingerir bebidas alcoólicas;
- dormir ou descansar pouco.
Quando a ansiedade é preocupante?
Para identificar se a ansiedade é um transtorno mental, basta analisar o impacto que o quadro ansioso tem em sua vida, por meio dos sintomas, por exemplo. Quando a tensão e a preocupação acontecem em função de algo específico e assim que encerra tudo volta a ser como antes, trata-se de algo natural.
O problema existe quando a ansiedade é constante:
- a pessoa não consegue relaxar;
- sente medo o tempo todo;
- fica constantemente preocupada;
- sente o coração acelerar até mesmo quando toca o telefone;
- acredita que algo ruim vai acontecer a qualquer momento;
- sente ter perdido o controle da situação ou da própria vida.
O transtorno de ansiedade atrapalha o desempenho nos estudos e no trabalho. Também causa dificuldade até mesmo para se distrair e dar risada. Além disso, é um medo incessante que a pessoa não sabe explicar por que está se sentindo. Esse indivíduo não consegue controlar pensamentos, que ficam repetindo que algo está errado, várias e várias vezes.
Existem sites de psicologia e de saúde e bem-estar que disponibilizam testes de ansiedade. Eles costumam ser organizados em perguntas e respostas. Ajudam a ter uma base para identificar um possível quadro ansioso patológico.
Porém, esses testes são apenas um parecer superficial, não um diagnóstico. O ideal é conversar com um psicólogo para saber se você tem ou não ansiedade.
O que é uma crise de ansiedade?
Em uma crise de ansiedade, os sintomas se manifestam de uma forma intensa. Um gatilho desencadeia essa reação, sendo completamente variável para cada pessoa. Geralmente, o gatilho é a partir de algo que ameaça o indivíduo de alguma forma.
Nessas crises é bastante comum que o coração fique muito acelerado, a respiração ofegante ou haja falta de ar. Ocorre sensação de desmaio, boca seca, calafrios, inquietude, medo e a sensação de que algo muito ruim ou catastrófico vai acontecer.
Essas manifestações são tão intensas que as pessoas podem confundir com quadros clínicos reais, como um infarto. Por isso, é comum que os indivíduos com crise de ansiedade busquem auxílio médico emergencial.
Como diagnosticar uma crise de ansiedade?
A crise de ansiedade pode ser identificada por meio dos sintomas. As manifestações são muito características e, mesmo desencadeando sinais físicos, os exames médicos não mostram nada de errado.
O que podemos identificar por meio de testes é o transtorno de ansiedade em si. Como você viu, existem alguns básicos na internet, mas há também métodos cientificamente comprovados.
Eles são aplicados por especialistas com o objetivo de medir o nível de ansiedade de uma pessoa. Alguns desses testes são:
- Inventário Beck de Ansiedade (BAI);
- Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE);
- Escala de Ansiedade de Hamilton;
- Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS).
Como prevenir e evitar a ansiedade
Para prevenir a ansiedade ou evitar as crises, é importante investir em bem-estar e qualidade de vida. O ideal é manter uma rotina leve e tranquila, livre de estresse e pressões em excesso. Pessoas com tendência ansiosa precisam simplificar ao máximo o seu dia a dia, identificando os gatilhos que causam a ansiedade para que eles possam ser evitados.
Também é importante manter o organismo em equilíbrio para produzir hormônios do bem-estar. Logo, fugir do sedentarismo é fundamental para controlar a ansiedade e também o estresse.
Procure evitar a sobrecarga, respeitar o tempo de descanso e investir em momentos relaxantes. As massagens, a quiropraxia e a prática de yoga são algumas técnicas que garantem um cuidado eficiente, minimizando as tensões que favorecem a ansiedade.
Como cada pessoa tem um gatilho para as crises, é essencial trabalhar o autoconhecimento para identificar o que causa esse estado de tensão. Assim você pode trabalhar essas questões de uma forma mais profunda para lidar com as emoções de uma maneira saudável.
Transtorno de ansiedade tem cura?
Não existe um medicamento ou uma técnica que promova a cura do transtorno de ansiedade. Contudo, essa condição pode ser controlada de uma forma eficaz. É possível conviver com ela mantendo a qualidade de vida e o bem-estar.
O autoconhecimento é indispensável para isso. É fundamental que a pessoa ansiosa saiba aquilo o que desencadeia as crises e o que ajuda a controlar essa sensação de medo e de insegurança.
O auxílio do psicólogo permite identificar tudo isso e traçar planos de ação. O especialista ajudará a pessoa a lidar com a sua ansiedade da melhor forma possível. Inclusive, sabendo identificar quando ela está prestes a se tornar um problema, para interromper esse ciclo e não deixar que a crise aconteça.
Quais os tratamentos para ansiedade?
O principal tratamento para a ansiedade é a psicoterapia. Isso porque cada pessoa precisa buscar dentro de si aquilo que pode estar desencadeando o quadro ansioso para trabalhar essas questões de uma forma individual.
As práticas direcionadas para o autocuidado e o aumento da autoestima são boas alternativas para auxiliar nesse tratamento. Essas práticas ajudam a aliviar o estresse, reduzir a tensão e a se sentir bem consigo mesmo.
Porém, algumas pessoas têm um quadro de ansiedade muito grave. Nesses casos, podem ser recomendados medicamentos. Contudo, é importante destacar que eles só devem ser utilizados de acordo com a recomendação de um especialista.
A Terapia Cognitiva-Comportamental também tem um efeito muito positivo no quadro de ansiedade. Ela ajuda a ressignificar aspectos da vida e diferentes situações. Assim, a pessoa ansiosa consegue lidar com tudo isso de uma forma mais saudável.
Tratamentos naturais para a ansiedade
Existem medidas naturais que ajudam a complementar a psicoterapia e até mesmo a terapia medicamentosa.
A auriculoterapia, por exemplo, segue os mesmos preceitos da acupuntura, estimulando pontos no organismo para melhorar o estado mental e emocional. A própria acupuntura, os Florais de Bach, a aromaterapia, a fitoterapia e a meditação, que já citamos, são técnicas bem-vindas.
Manter um estilo de vida saudável e tranquilo é a base para prevenir, controlar os sintomas e tratar a ansiedade. Mas isso não dispensa o suporte de especialistas, para que você consiga trabalhar os aspectos mais profundos do problema.
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