O déficit de atenção é uma disfunção neurológica caracterizada pela falta de foco. Mas não se trata de uma simples distração. Na verdade, é um mau funcionamento do córtex pré-frontal. Isso gera os sintomas do déficit de atenção, como impulsividade e grande dificuldade para se concentrar.
Essa é uma condição que afeta adultos e crianças. Ela pode prejudicar de forma significativa as atividades rotineiras. Afinal, a falta de foco interfere no desempenho nos estudos e no trabalho, além de abalar a autoestima.
Sendo assim, é fundamental que essa condição seja devidamente diagnosticada e tratada. Neste artigo você vai entender mais a fundo o tema para descobrir as causas do déficit de atenção. Continue lendo e veja, também, os sintomas, as consequências e opções de tratamento para esse problema.
Confira também nosso guia para aumentar a produtividade por meio da alimentação:
O que é Déficit de Atenção?
O déficit de atenção, ou DDA, é uma disfunção neurológica que afeta o córtex pré-frontal. Essa parte do cérebro é responsável:
- pelo controle dos impulsos;
- pela atenção;
- organização;
- capacidade de expressar sentimentos.
O mau funcionamento do córtex pré-frontal faz com que a pessoa tenha muita dificuldade para se concentrar em qualquer atividade.
Por isso, muitas vezes o déficit de atenção é confundido com uma simples distração. Porém, ele não é só uma característica da personalidade, mas uma condição clínica que precisa de tratamento.
A pessoa não é somente distraída. Como a atividade do córtex pré-frontal está comprometida, manter concentração é um grande desafio. Quanto mais a pessoa tenta focar em uma atividade ou tarefa, o quadro tende a piorar. Isso reduz ainda mais o funcionamento dessa parte do cérebro.
Esse cenário pode ser estressante, principalmente no trabalho. Confira nosso guia de como evitar a exaustão:
O que leva ao desenvolvimento desse distúrbio?
O déficit de atenção não é uma condição clínica que se adquire. Trata-se de uma característica do organismo. Essa condição se desenvolve, por exemplo, devido à deficiência de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina.
São eles que estabelecem as conexões entre os neurônios localizados no córtex pré-frontal. Assim, a carência prejudica essas conexões e o funcionamento dessa parte do cérebro. A predisposição genética também pode ser um fator causador do déficit de atenção.
Principais sintomas de Déficit de Atenção
A falta de concentração, a dificuldade de foco e a distração são sintomas clássicos do déficit de atenção. No entanto, esse distúrbio se caracteriza por manifestações muito mais extensas, como:
- dificuldade para organizar tempo e espaço;
- procrastinação;
- impulsividade;
- dificuldade para ouvir as pessoas;
- incapacidade de concluir tarefas e projetos;
- ausência de planos e objetivos;
- sensação de tédio;
- apatia;
- desmotivação;
- dificuldade para expressar sentimentos;
- sensação de vazio;
- dificuldade para ficar parado;
- falar pouco ou em excesso;
- dificuldade para esperar;
- interrupções ou intromissões.
Por tudo isso, fica fácil perceber porque o déficit de atenção pode prejudicar a saúde física, mental e social da pessoa. A impulsividade pode colocá-la em situações de risco. A ansiedade pode vir associada em função da inquietação. Ainda, existe a dificuldade para socializar com outras pessoas. Então, há uma queda na qualidade de vida.
Qual a diferença entre TDAH e déficit de atenção?
É muito comum que o déficit de atenção seja confundido com o transtorno de hiperatividade. Contudo são condições diferentes, e a principal diferença está na agitação da pessoa. Nos quadros de DDA, embora exista inquietação, o indivíduo não é tão agitado quanto o hiperativo.
Portanto, é importante saber diferenciar uma situação de agitação de uma situação de hiperatividade.
Contudo, o déficit de atenção e a hiperatividade podem acontecer de forma associada. Assim, além de a pessoa ter o distúrbio que afeta a sua concentração, ela ainda tem uma agitação excessiva.
Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Vale ressaltar que isso acontece tanto com crianças quanto com adultos. Logo, é uma condição que impacta na saúde coletiva.
Quem tem TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade) costuma manifestar a agitação e falta de concentração desde os primeiros anos na infância. Porém, a hiperatividade tende a reduzir com o avanço da idade. De toda forma, pode alcançar a vida adulta. Quando isso acontece, compromete o desempenho do profissional e o seu bem-estar no trabalho.
DDA em crianças e adultos: possíveis consequências
Quando o déficit de atenção não é diagnosticado ou tratado corretamente, gera várias consequências negativas. Elas afetam a vida das crianças e dos adultos, como você vê a seguir.
As consequências para crianças
Durante a infância, os sintomas do déficit de atenção provocam dificuldade na vivência escolar. Isso em especial quando associado à hiperatividade. Afinal, a agitação e a falta de concentração atrapalham o processo de aprendizado. A criança pode acabar ficando abaixo da média de desempenho.
O relacionamento com colegas e professores se torna conturbado. A criança sente dificuldade para desenvolver suas habilidades sociais. Além disso, a impulsividade pode levar à indisciplina e travessuras que oferecem riscos.
As consequências para adultos
Para os adultos, o déficit de atenção causa prejuízos, principalmente, por causa da dificuldade para se concentrar. Como a pessoa não consegue focar em uma tarefa, isso tende a atrapalhar de forma significativa sua produtividade.
Por isso, requer atenção da empresa. Isso porque é importante oferecer condições para o colaborador buscar um tratamento a fim de garantir a sua qualidade de vida.
Isso é de interesse da própria organização. Afinal, o déficit de atenção pode levar a atitudes impulsivas, o que gera conflito no ambiente organizacional. Também pode acarretar em decisões equivocadas e atrasos no cumprimento de prazos e metas.
Tratamentos para déficit de atenção
Para tratar o déficit de atenção são necessárias medidas que cuidem da saúde física e mental. Portanto, o tratamento pode envolver psicoterapia, uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida.
O combate ao sedentarismo é um exemplo de uma mudança importante para a vida de um indivíduo que sofre com o déficit.
Terapia
A psicoterapia é muito importante para crianças e adultos porque ajuda a lidar melhor com as emoções. Como você viu, o déficit de atenção pode afetar a autoestima, também a autoconfiança e ainda levar a quadros de ansiedade. O apoio psicológico é fundamental para conseguir superar os desafios que o problema traz.
Também é possível realizar a terapia cognitivo comportamental. Ela ajuda na mudança de hábitos e na ressignificação das situações. Assim fica mais fácil dominar os próprios sentimentos e impulsos.
Mais uma alternativa é auriculoterapia. Essa técnica é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. Ela pode promover melhorias significativas na concentração, além de tratar a ansiedade.
Medicamentos
O uso de medicamentos também costuma ser necessário. A função das fórmulas é atuar como substitutas da dopamina. Assim, as atividades do córtex pré-frontal são reguladas.
A pessoa, então, consegue minimizar os sintomas do déficit de atenção, ao restabelecer a concentração e o foco enquanto a medicação estiver ativa no organismo.
Atividade física
Um dos benefícios da atividade física é equilibrar a química cerebral e orgânica. A prática de exercícios estimula os receptores de dopamina. Dessa forma, o funcionamento do córtex pré-frontal é favorecido, aumentando o aproveitamento do neurotransmissor disponível.
Em casos de hiperatividade, a atividade física também é muito bem-vinda. Ela ajuda a gastar energia, ter mais disciplina e controlar a ansiedade e o estresse. Isso é válido para crianças e adultos.
É fundamental que o déficit de atenção seja diagnosticado e devidamente tratado. Essa condição afeta de forma significativa a qualidade de vida da pessoa.
O indivíduo entende que existe algo de errado, mas não consegue controlar. Por isso, ter o suporte de uma rede de apoio faz toda a diferença.
E para te ajudar, preparamos uma prática de mindfulness. A prática traz benefícios cognitivos, psicológicos e sociais. Entre eles, o controle da concentração. Que tal uma prática de mindfulness agora? Acesse aqui a aula que a BeeCorp preparou para você!