Um bom planejamento estratégico não é aquele que simplesmente reúne os sonhos da alta cúpula da empresa. Ele precisa conter ações efetivas para atingir resultados, e esse objetivo só é alcançado quando os gestores conhecem bem a realidade em que atuam.
Nesse sentido, a matriz SWOT se torna uma ferramenta indispensável para facilitar a análise e favorecer a criação de medidas incisivas. Sua empresa já usa essa ferramenta? Quer saber como implementá-la ou tornar seu uso mais eficaz? Então, continue a leitura do post!
O que é a análise SWOT?
Trata-se de uma ferramenta fundamental para um bom planejamento estratégico. Nessa matriz, a equipe responsável pela gestão faz um levantamento das forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) que moldam o cenário em que a empresa está inserida. No Brasil, essa estratégia também é chamada de FOFA, considerando os fatores já traduzidos.
Vale a pena destacar que as forças e fraquezas se referem ao cenário interno da organização. Portanto, são suas qualidades e diferenciais competitivos, bem como as dificuldades que ela enfrenta das portas para dentro.
Já as oportunidades e ameaças dependem do que acontece no mercado, das ações dos concorrentes, da situação política e econômica, das mudanças no comportamento do consumidor etc.
Como usar a análise SWOT no planejamento estratégico?
O fato é que, para obterem sucesso, as organizações precisam corrigir internamente suas fraquezas e elaborar planos para minimizar as ameaças externas.
Por outro lado, devem aperfeiçoar as características relacionadas como forças e fazer delas seu carro-chefe de divulgação no mercado. Também é fundamental aproveitar as oportunidades antes que outro concorrente faça isso e conquiste os consumidores.
Mas como fazer essa análise se transformar em ações concretas? Embora seja comum os gestores utilizarem essa ferramenta, o fato é que o envolvimento da equipe é fundamental para o surgimento de propostas efetivas. Muitas vezes, quem está na sua linha de frente conhece esses problemas no dia a dia e pode ajudar a encontrar ou analisar a viabilidade de possíveis soluções.
Portanto, converse com os colaboradores e envolva-os nesse processo. Essa atitude tem diversos benefícios: aumenta a quantidade de propostas e ideias, proporciona uma análise ampla dos fatores que interferem em sua viabilidade, entre outros. Ela também funciona como uma ação motivacional: os profissionais se sentem ouvidos e valorizados pela empresa, aumentando o senso de pertencimento.
Além disso, é fundamental pensar que o comportamento do consumidor muda muito rápido. Por isso, é importante pensar em mudanças a médio e longo prazo, mas também em soluções imediatas. É preciso aproveitar as oportunidades e realizar a transformação enquanto outros concorrentes não fazem isso, criando um diferencial competitivo relevante.
Provavelmente, a forma mais efetiva de acelerar essas mudanças é combinando suas forças com as oportunidades e ameaças do mercado. Junto com seu time, analise quais são as características positivas da sua empresa que podem ajudá-lo a explorar as boas chances de negócio que estão à sua volta.
Por exemplo: se a empresa tem poucos concorrentes e seu produto tem um nível de qualidade que atende às expectativas dos consumidores, esse é o momento de potencializar seu esforço e conquistar uma boa fatia do mercado.
Para isso, será necessário aumentar sua divulgação para conquistar uma posição sólida, que resista às futuras investidas de eventuais competidores.
O mesmo raciocínio pode ser aplicado à combinação entre forças e ameaças. Pensem: qual é nossa principal qualidade que pode ser usada para solucionar essa questão? Explore essas possibilidades para se destacar dos concorrentes e conquistar o consumidor.
Finalmente, não tenha medo de mudar. De nada adianta fazer essa análise e mobilizar as pessoas em busca de alternativas se a empresa não tiver a coragem de implementá-las e inovar. Além de desmotivar os colaboradores, a manutenção do negócio na zona de conforto é extremamente arriscada, visto que as organizações que não se reinventam estão perdendo muito espaço no mercado — um quadro que tende a se acentuar.
Onde aplicar a análise SWOT?
Apesar de muitas empresas enxergarem essa ferramenta como uma alternativa para a análise geral do negócio, ela pode ser aplicada a cada área da empresa.
O departamento de vendas, por exemplo, deve formular sua própria matriz, com base nas dificuldades e desafios que encontra. Assim, eles conseguirão definir estratégias para potencializar suas forças e superar obstáculos até atingirem os objetivos propostos pela organização.
Outro exemplo de departamento onde a análise SWOT pode e deve ser aplicada é no atendimento ao cliente. Esse é um ponto de contato fundamental, pois é responsável por grande parte da experiência do consumidor e satisfação com a marca. Corrigir as fraquezas dessa área de atuação e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece é fundamental para que o negócio se consolide.
Uma das áreas em que a matriz SWOT tem maior relevância é na gestão de recursos humanos. Para fazer essa afirmação, nos baseamos no princípio ensinado pelo guru da administração Jack Welch. Ele sempre afirmou que as pessoas vêm primeiro, e a estratégia vem depois.
Embora impactante, essa frase mostra que se a organização não trabalha intencionalmente para melhorar a qualidade e a produtividade de seu quadro de colaboradores, os resultados de qualquer projeto estratégico será medíocre.
Portanto, é essencial analisar o que leva os colaboradores a não produzirem como a empresa deseja, seja em termos quantitativos ou qualitativos. Nesse ponto da avaliação, muitos gestores pensam apenas no treinamento e capacitação. Porém, os fatores que interferem na performance dos profissionais podem ser até mais simples.
Um bom exemplo é o bem-estar físico e mental. Trabalhar em condições ruins, seja de salubridade ou ergonomia, afeta diretamente a saúde dos colaboradores. O resultado é o aumento do absenteísmo, das licenças médicas ou a dificuldade para produzir mais e melhor no dia a dia.
Por isso, é importante ter um planejamento que contemple programas para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores. Eles podem prever desde ações simples, como orientação quanto à alimentação diária, implementação de iniciativas para favorecer a realização de exercícios físicos, uso de mobília e equipamentos ergonômicos adequados, massagens rápidas, até programas mais complexos para promoção da saúde mental.
Quais desses programas são necessários na sua empresa? A análise SWOT vai ajudá-lo a identificar as ações prioritárias. Portanto, trata-se de uma ferramenta que favorece a identificação dos principais problemas que atingem os colaboradores.
Com esses dados em mãos, os gestores otimizam a tomada de decisão e investem tempo, recursos e esforços nas ações mais efetivas para garantir o bem-estar das pessoas e a melhorar a performance da equipe.
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