Manter a segurança e a saúde do trabalhador é essencial para as empresas. Tanto do ponto de vista da legislação trabalhista quanto dos benefícios para a companhia: profissionais com boa saúde física e mental têm produtividade mais adequada às necessidades da corporação.
Uma das estratégias para garantir isso é a realização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat). Para saber mais sobre ela, acompanhe a seguir.
O que é Sipat?
Todas as empresas com mais de 20 colaboradores devem, obrigatoriamente, ter uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). É esse grupo que organiza a Sipat: uma atividade que busca evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, de forma a garantir a preservação da vida e a manutenção da saúde do colaborador. A ação é prevista na legislação brasileira, na Norma Regulamentadora (NR) 5 e na Portaria nº 3.214/78, como obrigação da empresa e atribuição da Cipa.
Segundo a Lei nº 8.213/91, “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Já a NR-5 aponta que o objetivo da Cipa é “a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador”.
Qual o objetivo da Sipat?
O intuito da atividade é conscientizar os trabalhadores sobre a importância da prevenção de acidentes no trabalho. Quanto mais informação eles tiverem, menores serão os índices de incidentes do tipo na companhia. Isso afeta direta e positivamente a qualidade de vida, o bem-estar e a produtividade dos profissionais.
Para isso, as dinâmicas da Sipat incluem atividades de capacitação e conscientização em relação às atitudes adequadas para evitar acidentes. O objetivo é manter a segurança do trabalho entre as prioridades dos colaboradores. As ações servem para resgatar orientações de segurança, permitir a correção de práticas inadequadas, bem como informar as regras.
Assim, os procedimentos de segurança — como a ergonomia, o uso correto de equipamentos, o manuseio adequado de produtos e a compreensão da legislação — são reforçados para a equipe em atividades como palestras, treinamentos, gincanas, rodas de conversa, ginástica laboral, exames médicos e outros. A Sipat colabora para que os processos na empresa sejam feitos da melhor forma possível e de modo a evitar acidentes.
De acordo com o relatório do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada 15 segundos, um trabalhador morre por acidente de trabalho ou doença laboral no mundo. Entre 2012 e 2020, 21.467 deles eram brasileiros: uma taxa de 6 óbitos a cada 100 mil empregos formais. O Brasil ocupa a segunda colocação entre os países do G20: o México está em primeiro, com 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
A Sipat é, então, uma ferramenta essencial para que haja cada vez menos acidentes no ambiente profissional. Obrigatoriamente, ela deve ser realizada uma vez por ano, mas não há uma data específica para isso — cada empresa pode definir qual o melhor momento para a ação, o que permite que companhias com demanda sazonal, escolham momentos que afetem menos a operação.
E, mesmo nas companhias em que a Cipa não é obrigatória, a Sipat é benéfica, pois é uma ferramenta de conscientização e proteção dos profissionais. Colaboradores cientes dos riscos ocupacionais e da importância dos cuidados com a saúde e a segurança do trabalho (SST) promovem um ambiente de trabalho mais seguro.
Como a Sipat é organizada?
A equipe da Cipa é eleita por voto secreto e tem representantes dos empregados e da empresa. A Sipat, que deve ser realizada durante o horário de expediente da equipe, dura uma semana (com atividades diárias) e ocorre anualmente — durante a pandemia, por exemplo, ela foi realizada em formato digital para trabalhadores que atuavam remotamente.
Para ter sucesso nesse processo, algumas ações podem ajudar. Vejamos a seguir.
Planejamento
Para criar uma programação que contemple uma semana inteira, é essencial se organizar. Defina a data da Sipat, os temas a serem abordados, quais atividades serão realizadas, qual o investimento necessário e quem vai ser responsável pelas tarefas.
Cronograma de ações
É a partir dele que vai ser possível organizar tudo. Além disso, é preciso se preparar para imprevistos e ter tempo para resolvê-los.
Temas e parceiros
Não há uma regra para a definição dos temas a serem abordados, mas o primeiro passo é avaliar o ambiente interno da empresa. Se houve acidentes de trabalho, por exemplo, eles podem ser usados para conscientizar a equipe e evitar que se repitam. Além disso, alguns assuntos são recorrentes — entre eles, estão tabagismo, alcoolismo e doenças sexualmente transmissíveis.
Os cuidados com a saúde em casa são uma tendência importante, especialmente após a pandemia, e assuntos em alta na sociedade são outra boa opção. Após a definição dos temas, é importante escolher especialistas para abordá-los.
Comunicação
Ela vai garantir que os colaboradores tenham interesse de participar da Sipat (e não compareçam apenas por obrigação) e se envolvam no aprendizado dos temas abordados.
Feedback
Ao fim da edição, recolha feedback dos participantes para descobrir quais atividades mais agradaram, quais tiveram maior participação, que temas interessam aos colaboradores e como o conteúdo das próximas edições pode ser melhorado. Essa interação faz os trabalhadores se sentirem valorizados.
Quais as vantagens da realização da Sipat?
Com a equipe conscientizada sobre boas práticas no ambiente de trabalho, o clima organizacional melhora, especialmente porque os profissionais se sentem mais seguros. Além disso, a produtividade aumenta. Afinal, funcionários acidentados ficam ausentes e, se isso ocorre com frequência, os resultados da companhia são afetados diretamente.
Há, ainda, redução das ausências. Trabalhadores que não levam uma vida saudável no ambiente de trabalho, podem adoecer ou sofrer acidentes, já que isso aumenta a quantidade de faltas. Outra tendência é que a rotatividade de profissionais diminua: funcionários que não se sentem seguros no trabalho, buscam novas oportunidades de emprego.
As atitudes aprendidas na Sipat devem ser aplicadas na rotina de trabalho. Com os colaboradores bem informados, os cuidados com a SST passam a ser aplicados em todas as esferas — e isso melhora a qualidade de vida deles. A conscientização é a melhor forma de fazê-los tomar os cuidados apropriados, denunciar atos inseguros e contribuir para tornar o ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Para os colaboradores, um dos principais benefícios é a informação, que vai ajudá-los a cuidar melhor da saúde dentro e fora da empresa — algo que eles levarão por toda a vida. Adicionalmente, saber que o empregador se preocupa com a SST dos funcionários e investe no treinamento e na prevenção de acidentes aumenta a satisfação e o engajamento da equipe.
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