A febre é uma alteração comum associada a várias doenças. Infecções, estresse, viroses, entre outros problemas de saúde, como dor de cabeça intensa, podem ocasionar o aumento da temperatura como uma resposta de defesa para eliminar a ameaça.
Praticamente todo mundo já passou ou vai passar por um episódio de febre. Na maioria dos casos, basta um pouco de descanso para retornar ao seu estado normal de saúde. Porém, há certos cuidados que você deve sempre manter em mente.
Um dos cuidados que evita problemas, com a febre, é a alimentação. Confira nosso material sobre o assunto:
Neste conteúdo, vamos explicar melhor o que é a febre, causas, sintomas e outras informações relevantes na hora de tratar esse sintoma. Acompanhe.
O que é febre?
Segundo o site do Serviço Nacional de Saúde, a febre é uma elevação na temperatura do corpo que fica, ao menos, 1 ºC acima da temperatura normal. Pode parecer uma alteração pequena, mas ela impacta diversas funções biológicas.
Essa alteração é uma das respostas do organismo contra infecções e outros agentes nocivos, como a dengue ou a gripe. A temperatura elevada pode eliminar bactérias, enquanto o suor resultante ajuda a eliminar possíveis toxinas.
Porém, como você deve imaginar, um aumento prolongado da temperatura pode causar danos ao próprio corpo. Ele leva à perda de funcionalidade de certas enzimas, atrapalhando o processamento de substâncias.
Por tudo isso, evite essa elevação de temperatura cuidando, também, da sua saúde mental. Confira nosso guia exclusivo para te ajudar:
Qual é a temperatura de uma febre?
A temperatura normal do corpo geralmente fica entre 36 e 37 ºC, com algumas variações dependendo da movimentação e fatores externos. Lembrando que essa é apenas uma média. Certas pessoas têm uma temperatura mais alta ou mais baixa em estado normal.
Uma temperatura entre 37,8 ºC e 38,5 ºC é nomeada como febre moderada, se considerarmos que a média padrão fica um pouco abaixo de 37º C. Além disso, a temperatura detectada sobre a pele não é a mesma do interior do corpo.
Já quando o corpo está com temperatura igual ou superior a 38,6 ºC, é considerada febre alta. Nesse estado, o corpo sofre alterações mais graves, exigindo cuidado imediato.
O que é um estado febril?
Também existe o chamado estado febril, quando uma pessoa fica com temperatura entre 37,2 ºC e 37,8 ºC. Há uma elevação clara na temperatura do corpo, mas não o suficiente para ser considerada como uma febre.
Quais os 5 tipos de febre?
A forma como a febre se manifesta pode seguir diferentes padrões. Cada um deles ajuda a apontar suas causas, assim como a melhor forma de lidar com o sintoma. Veja, a seguir, as principais qualificações.
Contínua
É quando a febre mantém uma temperatura constante por um período prolongado. Ou seja, não há uma oscilação significativa da temperatura de volta a um estado febril ou natural.
Séptica
Também chamada de febre irregular, ela é caracterizada por picos de temperatura, os quais são separados por quedas significativas. É possível que a temperatura se normalize entre um pico e outro.
Remitente
Conhecida como febre diária, é um tipo de febre persistente, a qual mantém uma variação de 1º C para mais ou para menos. Diferente da febre séptica, a temperatura continua acima do normal durante todo o período.
Intermitente
É uma febre que apresenta oscilações consideráveis de temperatura, seguidas de normalização. Por exemplo, uma pessoa pode ter febre durante a manhã e sua temperatura fica normal nas demais horas do dia. É um dos tipos mais comuns.
Recorrente
Também conhecida como febre ondulante, também é caracterizada pela inconstância da temperatura. Porém, o intervalo entre os aumentos de temperatura é menos previsível. Pode ser que você fique dias em temperatura normal e depois tenha um episódio moderado ou grave.
Convulsões febris: entenda mais
Convulsões são a contração involuntária e irregular dos músculos, que podem causar quedas e outras complicações. As convulsões febris são uma possível consequência da febra alta, causando reações adversas na musculatura e nervos.
Ela ocorre com maior frequência em pessoas com predisposição genética, especialmente crianças. Felizmente, elas não causam danos ao sistema nervoso ou ao cérebro. Basta evitar quedas e continuar o tratamento.
O que causa o aumento de temperatura?
O ser humano é homeotérmico, ou seja, tem mecanismos para manter a temperatura do corpo constante, independentemente de condições externas. Por exemplo, podemos viver em um clima frio com menor risco de hipotermia.
Os principais mecanismos envolvem consumir energia para gerar calor. Cada célula consome parte de suas reservas não para gerar trabalho, mas para aumentar sua temperatura.
Durante a febre, esses mesmos mecanismos são acionados em maior intensidade. O corpo consome mais energia do que o necessário para manter seu estado normal, o que leva ao aumento da temperatura.
Essa é uma das explicações para o esgotamento físico associado à maioria dos casos de febre. O corpo está consumindo as mesmas reservas que utiliza em suas demais atividades, as quais devem ser repostas pela alimentação.
Sintomas da febre: o que sentimos?
Em tese, a febre é, por si só, um sintoma de outras doenças e alterações no corpo. Porém, ela também gera outros sinais físicos, em resposta à mudança de temperatura. Os principais deles são:
- arrepios;
- calafrios;
- desidratação;
- dificuldade na fala e alimentação;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- falta de apetite;
- suor.
Nos casos de febre alta e persistente, também podem existir outros sintomas mais intensos, como alucinações e as convulsões febris que mencionamos.
Febres sem causa aparente
Também é possível que a febre e seus outros sintomas associados não pareçam ter uma causa visível. Nessas situações, há duas possibilidades comuns.
Febre interna
Esse é o caso em que uma pessoa sente todos os sinais de febre, mas não é possível detectar um aumento de temperatura na superfície do corpo. Ou seja, não se trata de uma febre verdadeira, mas da mesma sensação.
Esse estado quase sempre é resultado de fatores como estresse, atividade física muito intensa ou exposição ao frio. Coisas que dizem respeito à relação entre saúde física, mental e social.
Febre emocional
Também há casos nos quais a febre é um sintoma psicossomático, ou seja, resultado do estresse emocional. O corpo causa o sintoma, mesmo quando não há uma doença presente.
Por esse motivo, o diagnóstico é mais difícil, e o paciente não costuma reagir aos medicamentos comumente prescritos. É um caso similar à alergia emocional, uma resposta involuntária e incorreta do corpo ao estresse.
O momento de procurar um médico
A maioria dos casos de febre ou de estado febril não exige um tratamento complexo. Você pode tomar algumas atitudes em casa para controlar seus efeitos e deixar o corpo se recuperar normalmente.
Porém, também existem vários casos em que a febre é apenas um de vários sintomas. Sendo assim, se uma pessoa tem outros sinais, como diarreia, dores, cansaço ou vômito, é recomendado buscar ajuda médica.
Quando a febre deve ser preocupante?
Também há situações em que a febre, em si, apresenta alto risco. É o caso, por exemplo, da febre alta, que indica uma reação intensa do corpo a alguma infecção. Ou seja, deve-se buscar um médico imediatamente.
Mesmo a febre moderada e o estado febril devem receber atenção. Caso a elevação na temperatura persista por, pelo menos, dois dias, é provável que seja necessário um tratamento médico.
Tratamento
Lidar com a febre, invariavelmente, envolve lidar com sua causa. Se o corpo apresenta uma infecção, ele precisa se recuperar para que o sintoma desapareça. A grande questão é o que deve ser feito em relação à mudança de temperatura nesse meio tempo.
Como baixar a febre?
Nos casos de febre moderada ou grave, é importante diminuir a temperatura do corpo para evitar complicações. Veja alguns dos métodos mais comuns que você pode utilizar.
Evitar excesso de roupas
Camadas de roupas, assim como cobertores, são usadas para reter o calor do corpo e manter uma temperatura adequada. Sendo assim, quando há um quadro de febre, essas camadas fazem com que o calor seja mantido sobre a pele em vez de se dispersar.
Durante um quadro febril, o ideal é não usar muitas camadas de roupa, para permitir o resfriamento natural do corpo. Assim, o suor pode evaporar e dispersar o calor.
Toalhas molhadas ou compressas frias
Em alguns casos, é necessário tomar uma atitude mais direta, especialmente se for uma febre alta. Nesses casos, você pode fazer uso de toalhas molhadas para absorver a temperatura do corpo. A umidade evapora e ajuda a normalizar a temperatura.
Se você tiver, também pode usar compressas frias sobre a pele. Os melhores locais são sobre a testa, nos pulsos e no tronco, onde a transferência de calor é mais intensa.
Ingerir bastante líquido
Com o aumento da temperatura corporal, uma das primeiras respostas do corpo é produzir mais suor. Ele absorve o calor e evapora, diminuindo a temperatura do paciente.
Porém, para produzir suor, o corpo deve ter boas quantidades de água e sais minerais. Por isso, é necessário manter a hidratação caso tenha um episódio de febre.
Também é importante praticar uma alimentação saudável, pois a presença de sais minerais e fibras ajuda na absorção da água.
Ficar em repouso
A forma mais fácil de elevar a temperatura do corpo é a atividade física. Quanto mais você se movimenta, mais energia consome e parte dela se converte em calor. Algo que você quer evitar em um episódio de febre.
O corpo já está consumindo bastante energia combatendo a causa da febre. Portanto, o melhor a fazer é conservá-la. Ficar em repouso ao menos previne outros aumentos de temperatura.
Banho morno
A princípio, pode parecer que um banho frio é a melhor opção para diminuir a temperatura da sua febre. Porém, seu efeito costuma ser justamente o oposto do desejado.
Um banho frio diminui a temperatura na superfície do corpo, mas também leva à constrição dos vasos sanguíneos. Isso é feito para evitar a perda de água, o que também reduz o suor, um mecanismo de controle da temperatura.
Além disso, a mudança súbita do quente para o frio causa outras reações adversas no corpo. Uma delas é a diminuição da imunidade, o que pode agravar seu quadro rapidamente.
Remédios: quais e quando tomar
Como a maioria dos casos de febre é simples e não apresenta perigo, os tratamentos também contam com pouca ou nenhuma contraindicação. Isso inclui o uso de certos medicamentos, muitos dos quais não precisam de receita médica.
Opções como paracetamol e dipirona são bastante comuns e eficazes. Eles são medicamentos antitérmicos, feitos para ajudar no controle da temperatura. Se forem acompanhados de uma noite de descanso, podem ser o suficiente para a maioria das febres leves e moderadas.
O principal ponto de atenção está na quantidade de remédio ingerida. Em altas doses, esses medicamentos podem comprometer o funcionamento do fígado e levar a complicações de saúde. Leia a bula para não consumir mais que o indicado.
Mesmo sendo um tratamento seguro, também há algumas exceções na automedicação. No caso de crianças, idosos e outras pessoas com saúde vulnerável, o ideal é priorizar o atendimento médico.
Contudo, tome remédios apenas após a orientação médica.
A febre em bebês e crianças
Crianças e bebês tendem a ficar doentes com alguma frequência, uma vez que sua imunidade ainda está em desenvolvimento. Sendo assim, é normal que seu corpo também reaja de forma diferente à febre.
Crianças a partir de 1 ano de idade possuem a mesma temperatura corporal média de um adulto. Sendo assim, é fácil detectar os sinais de febre. Já bebês recém-nascidos, especialmente até os 3 meses, precisam de atenção especial.
A diferença é que, quanto mais novo, mais difícil é apontar a gravidade da infecção com base na temperatura. Afinal, o corpo também está aprendendo como reagir. É sempre melhor contar com ajuda médica.
A febre em adultos
Corpos adultos já têm uma resposta mais adequada à febre, mas ainda precisam se atentar a outros fatores. Principalmente doenças causadas por estresse ou esforço prolongado. Apenas fique atento a outros sintomas, pois eles podem indicar a necessidade de outros tratamentos.
Entender como a febre funciona é fundamental para fazer o melhor tratamento. Mesmo sendo um sintoma comum e fácil de tratar, você deve ter atenção para preservar o seu bem-estar.Quer continuar recebendo mais dicas da BeeCorp e informações para cuidar da saúde? Então assine nossa newsletter agora mesmo!