O TDAH é um distúrbio neurobiológico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que apresenta sintomas como, desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esse transtorno é identificado na infância e pode continuar se manifestando até a vida adulta.
As Pessoas que apresentam o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ficam mais suscetíveis a desenvolver outros tipos de transtornos e condições. Exemplos desses transtornos são: ansiedade, depressão e até abuso de substâncias.
Por isso, é importante cuidar da saúde mental:
Todas essas condições interferem em diferentes graus na vida pessoal e no bem-estar profissional, sendo importante conhecer melhor essa condição e seus possíveis tratamentos.
Pensando nisso, trouxemos neste artigo, diversas informações que te ajudarão a ampliar os seus conhecimentos sobre o TDHA. A seguir, saiba o que significa esse transtorno, como ele se apresenta e como lidar com essa condição. Boa leitura!
O que é TDAH?
O TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética, que se manifesta na infância e geralmente persiste ao longo da vida.
Ele apresenta sintomas de falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Também é conhecido como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) e em inglês como ADD, ADHD ou AD/HD.
O TDAH é oficialmente reconhecido por vários países e pela OMS. Em alguns, como nos EUA, as pessoas com TDAH têm direito a tratamento especial na escola, garantido por lei.
Quais são os 3 tipos de TDAH?
Há 3 tipos de TDAH identificados, que apresentam um padrão de sintomas como: desatenção, hiperatividade e impulsividade ou uma combinação das características, conforme mostramos a seguir.
Desatento
Nesse tipo de TDAH, a pessoa apresenta dificuldade para ficar concentrada durante muito tempo em um mesmo assunto, podendo ser distraída por qualquer estímulo externo. As desatentas apresentam as seguintes características:
- erram por falta de atenção nas atividades;
- esquecem constantemente o estavam por fazer;
- não escutam quando são chamados, podendo ser considerados egoístas ou desinteressados.
- perdem coisas importantes para o dia a dia;
- preferem atividades que não exigem esforço mental;
- têm dificuldade para a organização de objetos e do tempo.
Hiperativo/impulsivo
Segundo dados da ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção), entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
São pessoas inquietas, que não conseguem ficar paradas. Apresentam o hábito de mexer mãos e pés quando sentados e não conseguem ficar em um mesmo lugar por muito tempo. Outras características, incluem:
- tendência a vícios, como álcool, jogos e drogas;
- não sabem lidar bem com frustrações;
- temperamento explosivo;
- mudam seus planos de maneira constante e repentina;
- fazem mais de uma atividade ao mesmo tempo, por não gostarem de tédio;
- considerados imaturos frequentemente;
- apresentam dificuldade em se expressar (a fala não acompanha a velocidade de seus pensamentos).
Combinado
A pessoa apresenta uma combinação dos dois tipos comentados, com sintomas que envolvem desatenção e hiperatividade.
Qual a diferença entre TDA e TDAH?
O TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) tem como principal característica a desatenção, dificuldade de se concentrar e falta de foco. Além disso, pode também se associar à falta de memória — por não prestar atenção naquilo que está fazendo e não reter aquele conhecimento com facilidade.
Já nos casos de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) há um sintoma a mais, que é a hiperatividade. Além disso, há o fator impulsividade, com dificuldade em conter atitudes. Há uma agitação tanto física e mental — a pessoa não consegue assistir um filme até o final e não prestam atenção no que os outros falam.
Quais são os graus do TDAH?
Segundo a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) os estudos de genética apontam que esse transtorno é o extremo de traços detectados na população em geral.
Da mesma forma tem-se a diabetes. Nesse caso é para a quantidade de açúcar, que todas as pessoas têm em algum grau. Ou seja, uns mais, outros menos.
Nesse sentido, não se trata de “ter TDAH ou não”, mas apenas de “quanto” do transtorno e sintomas cada pessoa apresenta. E isso serve para outras doenças, como o diabetes, colesterol, entre outras.
Assim, o TDAH pode variar em suas manifestações, em diferentes graus, como:
- leves — poucos sintomas, com pequenos prejuízos para o desempenho social, profissional e acadêmico;
- moderado — os sintomas ou prejuízos funcionais ficam entre o leve e o grave;
- grave — os sintomas podem causar um prejuízo acentuado no desempenho social ou profissional.
Quais são os sinais e sintomas do TDAH?
Os sinais e sintomas são diferentes em cada fase da vida, mas em geral, as principais características incluem falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Veja, a seguir, como o transtorno pode se manifestar em diferentes momentos da vida.
Infância
Na infância, os sintomas de TDAH se relacionam a dificuldades na escola e ao relacionamento com as demais crianças, professores e pais. Em geral, as crianças são consideradas desajeitadas, distraídas e hiperativas.
Adolescência
Dificuldades para organização de tarefas. Embora haja uma tendência para a diminuição da agitação, a concentração também diminui para leituras. Também pode ocorrer o sentimento de baixa autoestima e dificuldades para controlar os impulsos.
A impulsividade pode levar os jovens a se envolverem mais facilmente em brigas, uso de drogas e alcoolismo.
Adultos
Nessa fase, caso a pessoa não tenha recebido tratamento, há uma tendência à insubordinação no ambiente de trabalho, baixa autoestima, assim como dificuldade para organização e impulsividade na vida pessoal e profissional, que podem levar à dependência de drogas e direção perigosa, provocando acidentes de trânsito com frequência, entre outros.
Por tudo isso, é importante preservar a qualidade de vida:
Como é feito o diagnóstico do TDAH?
O diagnóstico para TDAH é feito clinicamente, podendo contar com o auxílio de escalas e testes específicos.
Quais são as principais causas do TDAH?
As causas do TDAH são multifatoriais, porém conforme diversos estudos realizados sobre o transtorno, as principais causas incluem fatores genéticos e ambientais.
Genética e Hereditariedade
O TDAH tem uma forte influência genética. Isso significa que há uma tendência para ser transmitido de pais para filhos. Contudo, esse transtorno não é hereditário no sentido de ser provocado por um único gene.
Os estudos indicam que há vários genes envolvidos e que o risco genético vai depender da associação com fatores ambientais para desencadear o TDHA, tais como:
- consumo de substâncias pela gestante – o cigarro aumenta o risco para o transtorno no bebê;
- baixo peso e prematuridade – bebês que com menos do que 2,5 kg ou que nascem antes do tempo, têm mais risco de desenvolver o problema;
Assim, embora haja uma forte influência genética no TDAH, não se trata de doença hereditária, sendo influenciado por diversos fatores genéticos e ambientais.
Alterações cerebrais
Pesquisas científicas indicam que as pessoas com TDAH têm alterações na região frontal do cérebro, bem como em suas conexões. Essas condições afetam o funcionamento dos neurotransmissores, como a noradrenalina e a dopamina, responsáveis pela transmissão das informações entre as células nervosas.
Fatores ambientais
Segundo recente estudo, o TDAH apresenta uma influência de 10-30% em relação aos fatores ambientais. Alguns deles se associam a hábitos maternos (antes ou durante o período gestacional).
Esses hábitos podem ser evitados a partir da identificação na APS. Assim, é possível impedir a evolução e o agravamento do transtorno.
Qual o prognóstico do TDAH?
A grande maioria das crianças com o transtorno TDAH se tornam adultos produtivos, se adaptando melhor ao trabalho do que à escola. Porém, se o problema não for tratado na infância, o risco para abuso de álcool ou drogas e de suicídio pode ser aumentado.
Demais problemas que podem se manifestar e persistir na adolescência e idade adulta, são relacionados a:
- baixo rendimento acadêmico;
- desorganização;
- baixa autoestima;
- ansiedade;
- depressão;
- dificuldade para internalizar comportamentos sociais adequados.
Como lidar com o TDAH?
É possível lidar com o TDAH adotando bons hábitos e tendo uma boa disciplina. Nesse sentido, é importante adotar medidas para melhor organização da vida pessoal e profissional. Além disso, é preciso cuidar da saúde física e mental, com exercícios físicos regulares e alimentação saudável.
O TDAH tem cura?
Segundo a neuropsicóloga Sarah Sammy, coordenadora de hightech do Instituto de Medicina e Psicologia Integradas (Impi), o transtorno TDAH não tem cura.
Contudo, a utilização de aparelhos que corrigem padrões cerebrais têm sido eficazes no tratamento de pessoas em diferentes idades e necessidades.
Como é feito o tratamento do TDAH?
O tratamento do TDAH pode ser feito de diversas formas, como terapias comportamentais, medicamentos, terapias alternativas, entre outras. Essas modalidades também podem ser combinadas, potencializando os efeitos de uma e outra.
Terapia Cognitivo-Comportamental para TDAH
Diversas técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental têm sido aplicadas no tratamento de TDAH, como:
- atividades interpessoais orientadas;
- repetição e verbalização de instruções — criação de regras de ações que devem ser repetidas para o controle da impulsividade;
- treinamento de habilidades sociais — ajuda a ser mais assertivo, evitando comportamentos inadequados;
- treinamento de solução de problemas — estratégias de enfrentamento.
Uso de medicamentos
Alguns medicamentos psicoestimulantes podem ser indicados para o tratamento do transtorno. É uma alternativa que deve ser acompanhada de perto por um profissional, já que pode apresentar efeitos colaterais.
Mudança de hábitos
Combater o sedentarismo é o primeiro passo para aliviar os sintomas do TDHA. A adoção de bons hábitos como as atividades físicas regulares são fundamentais para melhorar diversos sintomas do transtorno, melhorando a disposição física e o bom humor.
Os exercícios são particularmente importantes para crianças com TDAH, pois muitas apresentam hiperatividade e dessa forma podem liberar a energia reprimida. Isso ajuda a evitar comportamentos agressivos, melhorando a ansiedade e provocando menos problemas no convívio social e, consequentemente, na saúde coletiva. Dessa forma, é possível melhorar a saúde física, mental e social.
Aparelhos
Os aparelhos para correção de padrões cerebrais trabalham a parte fisiológica do cérebro, proporcionando apoio às terapias e medicamentos. Para alguns casos, representa mais que um apoio, considerando que o cérebro necessita de estímulos.
Terapias alternativas e complementares
Dentre as terapias alternativas e complementares podemos citar a auriculoterapia, Uma pesquisa demonstrou que as sessões podem ser eficazes para amenizar diversos sintomas provocados pelo transtorno, como desatenção, impulsividade e agitação.
Como vimos, o TDAH é um transtorno que pode afetar a vida pessoal e profissional das pessoas, provocando falta de atenção, baixa autoestima e até depressão, entre outros sintomas.
Esperamos que as informações que trouxemos neste texto possam ajudar a expandir os conhecimentos sobre o assunto e indicar caminhos possíveis para lidar com essa condição.
Para os diagnosticados com TDAH, a prática de mindfulness traz benefícios cognitivos, psicológicos e sociais. Que tal uma prática de mindfulness agora? Acesse a aula que a BeeCorp preparou para você por esse link: https://materiais.beecorp.com.br/kit-qualidade-de-vida-praticas