Quem pratica atividade físca é menos doente. Mito ou verdade?
Vamos verificar se a hipótese de que o indivíduo que faz atividade física é realmente menos doente. Confira no artigo abaixo!
Sedentarismo e doenças
O sedentarismo é antifisiológico para todos os sistemas que compõem o organismo, levando a um funcionamento não eficiente de seus órgãos. Há uma nítida relação entre a inatividade física e o aparecimento de doenças. Podemos citar como exemplo a hipertensão arterial, arteriosclerose, osteoporose.
A atividade física regular é um componente importante no estilo de vida saudável. Porém, ela é particularmente mais importante para aqueles com maior risco de doenças crônicas. Exemplo: O diabetes não insulino-dependente (Tipo I), a hipertensão (pressão alta) e o colesterol alto (a hiperlipemia).
E em pacientes com múltiplas doenças crônicas – como hipertensão arterial, doença coronariana, diabetes mellitus ou dislipidemia, a inatividade está associada a aproximadamente 2 vezes maior o risco de morte por todas as causas quando comparados a um mínimo de 30 minutos por dia de atividade física.
Nas regiões em desenvolvimento, incluindo o Brasil, à medida que suas economias se industrializam, as doenças crônico-degenerativas – como o diabetes mellitus, hipertensão arterial e a aterosclerose (“entupimento” das artérias), tornam-se mais prevalentes.
Consequentemente, essa relação esta relacionada a adoção de um estilo de vida ocidentalizados. Fatos estes que são caracterizados por maiores índices de sedentarismo, acompanhados de dietas com mais gorduras e menos fibras.
Atividade física e saúde
Inicialmente, a relação de atividade física e saúde está associada à Qualidade de Vida (QV), principalmente em enfermidades como:
- Diabetes em adultos e idosos;
- Doenças cardiovasculares (hipertensão, infarto do miocárdio e angina);
- Doenças pulmonares (doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, bronquite, asma, transplante pulmonar e doença respiratória crônica);
- Artrites (artrite reumatoide, osteoartrite e fibromialgia).
Alguns trabalhos também apresentam evidências indiretas da influência da atividade física sobre a saúde coletiva, relacionada com a QV. Estes indicam efeitos positivos do exercício sobre sintomas relacionados a estados de tensão e ansiedade, além de efetiva redução do estado de depressão.
Esta conclusão se aplica tanto a homens quanto a mulheres de várias idades, independentemente do estado de saúde.
A atividade física regular foi adicionada em 1996 à lista de medidas preventivas defendidas pela American Cancer Society. Existem evidências crescentes que a inatividade física contribui para o desenvolvimento de câncer, especialmente o de colo, mama e próstata e, talvez, para alguns cânceres genitais femininos.
Principais benefícios
A posição do Colégio Americano de Medicina Esportiva sobre o exercício diverge para idosos e adultos jovens. No caso de adultos jovens o exercício é recomendado para a prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes e para aumentar a expectativa de vida.
Já para os idosos, espera-se que o exercício e a atividade física e saúde possam combater a fragilidade e a vulnerabilidade causadas pela inatividade, minimizar as mudanças biológicas do envelhecimento, reverter a síndrome do desuso, controlar as doenças crônicas, maximizar a saúde psicológica, aumentar a mobilidade e a atividade locomotora e auxiliar na reabilitação de agravos agudos e crônicos.
Em geral, as mulheres têm os seguintes benefícios em relação à saúde por meio da atividade física:
- Menor risco de doença coronariana e de derrame;
- Menor risco de câncer de mama e de colo e, possivelmente, de vários outros tipos de cânceres ginecológicos;
- Diminuição do risco de diabetes;
- Diminuição do risco de osteoporose;
- Controle do peso em longo prazo;
- Aumento do bem-estar psicológico;
- Diminuição do risco de hipertensão arterial sistêmica;
- Melhoria do perfil lipídico.
Além dos benefícios às mulheres, pessoas com maior capacidade física apresentam redução do risco de morte independente de outros fatores de risco.
A coorte conhecida como Canadian Health Survey, que por 7 anos acompanhou 31.668 homens entre 30 e 69 anos de idade, mostrou que os que referiram menor capacidade física tiveram maior risco relativo de mortalidade por todas as causas.
Efeitos da atividade física
Durante o exercício moderado, ocorrem várias alterações positivas nos sistemas imunológicos. Assim, ao manter os níveis no pré-exercício, você adquire uma certa resistência e diminui as hipóteses de infecção. Ou seja, após o término de cada ciclo, as novas práticas representam um auxílio extra que parece reduzir o risco de infecções.
As pessoas que praticam exercício apresentam menos resfriados do que as sedentárias. As alterações imunológicas positivas se devem ao fato de que os hormônios do estresse, que podem suprimir a imunização, não se encontram elevados durante o exercício moderado. Por outro lado, o exercício moderado pode diminuir o risco de infecção enquanto o intenso pode aumentá-lo.
Atletas também possuem maior densidade óssea do que os sedentários. Atividades como esportes de equipe, corrida e esportes com raquete, nas quais o peso do corpo é sustentado pelos pés e pernas durante os movimentos enérgicos, são mais eficazes na manutenção da densidade dos ossos da perna e da coluna.
A maioria dos estudos demonstrou que os exercícios de amplitude dos movimentos articulares visando a flexibilidade, os exercícios de reforço muscular e os exercícios de aptidão física são seguros e eficazes para pacientes com osteoartrite, artrite e artrite reumatóide.
Consequentemente, o exercício poder desencadear a asma, os benefícios provenientes de sua prática regular são tão importantes que a maioria dos especialistas em asma considera que ele deve ser incluído como parte importante da estratégia do tratamento de asmáticos.
O sono também se beneficia com a atividade física. Em geral, aqueles que se exercitam regularmente parecem adormecer mais rapidamente e dormir mais profunda e longamente do que aqueles que evitam os exercícios.
Começe a se exercitar hoje!
A saúde e a aptidão física estão relacionadas com a prevenção da maioria das doenças. Podemos citar doença coronariana, AVC (acidente vascular cerebral), câncer, AIDS, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, cirrose, diabetes, acidentes, osteoporose e risco de morte prematura.
Quer ficar longe das doenças? Faça, promova e incentive a atividade física. Fale com um de nossos especialistas e invista em bem-estar!
Artigo escrito por Eduardo Arantes, Diretor Técnico da BeeCorp.
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