A saúde mental da população é uma questão alarmante no Brasil. O país é um dos campeões mundiais de casos de depressão, variando a incidência entre 3% a 11% da população e sendo mais frequente em mulheres.
Assim como a saúde física, a saúde mental é parte essencial para a integridade do ser humano. Mas grande parte dos profissionais brasileiros sofre de ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos que comprometem a qualidade das atividades e o relacionamento entre as equipes de trabalho.
Por isso, preparamos esse material para entender melhor as causas dos transtornos mentais, a importância das empresas agirem em prol da saúde mental dos colaboradores e como agirem. Continue a leitura e confira!
Fala-se muito sobre a saúde mental, uma vez que os distúrbios atingem milhares de pessoas e podem trazer muitas consequências negativas para elas e para a sociedade. Em conceito, saúde mental é a qualidade de vida em relação à cognição e ao equilíbrio emocional.
Ou seja, saúde mental é estar bem com os outros e consigo mesmo. Aceitar, saber lidar e administrar as situações, emoções e adversidades que a vida apresenta sem comprometer a si mesmo e aos outros.
É uma vertente muito importante da saúde e fundamental para a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por isso, as empresas precisam agir e garantir a saúde mental, principalmente através de ações de caráter preventivo, e promover assim um ambiente de trabalho leve e saudável.
Os transtornos mentais já são a 3ª causa de perícias médicas no INSS, e a depressão, um desses transtornos, ocupa a primeira posição. Acredita-se que os transtornos mentais venham a ser a primeira causa de afastamentos no INSS em um curto prazo, talvez em menos de 10 anos.
Vivemos em uma sociedade de competição, multifuncionalidade e rivalidade, na qual a cultura do ter e onde perder é inaceitável. A competição, quando não é saudável, traz graves danos à saúde mental.
Pesquisa recente (PLosONE, 2012) revela que a Grande São Paulo é a metrópole que apresenta maior prevalência (número de casos) de transtornos mentais no mundo. Cerca de 30% da população sofre de algum tipo de transtorno mental, e um terço apresenta alguma alteração considerada grave pelos especialistas.
As estatísticas internacionais também são preocupantes: o estresse relacionado ao trabalho é o segundo problema de saúde mais frequentemente referido na Europa — após as perturbações musculoesqueléticas.
Cerca de metade dos trabalhadores considera-o comum no seu local de trabalho. De 50% a 60% de todos os dias de expediente perdidos podem ser imputados ao estresse relacionado ao trabalho.
Projeções para o ano de 2020, ou seja, amanhã, indicam que a depressão ocupará o segundo lugar em termos de impactos econômicos e sociais, atrás apenas de algumas doenças do coração, como o infarto (doença cardíaca isquêmica).
Acreditamos muito na influência da vida pessoal na saúde mental. Um filho usuário de drogas, por exemplo, poderá desestabilizar uma família inteira.
Porém, instituições sérias, como a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, enumeram algumas condições de trabalho que podem conduzir a riscos psicossociais e afetar a saúde mental. São elas:
Numa recente sondagem europeia sobre a saúde mental, conduzida pela Ocupacional Safety and Health Association (OSHA) Europeia, as causas mais comuns de estresse relacionadas ao trabalho foram:
A mesma sondagem mostrou que cerca de quatro em cada 10 trabalhadores pensa que o estresse não é devidamente abordado no seu local de trabalho. Os principais alvos devem ser a organização do trabalho e o ambiente, evitando programas de “tamanho único”.
E como anda a saúde mental da sua empresa? Descubra no quiz abaixo!
Considerados os males do século, a ansiedade e o estresse são os grandes causadores do surgimento de doenças psicológicas, e isso acontece no meio empresarial pela falta de programas de prevenção.
Um bom programa serve para orientar os colaboradores e ajudá-los a enfrentar a grande pressão do trabalho, desassociando das relações pessoais — uma equipe insatisfeita, que conserve uma carga negativa por muito tempo, tende a apresentar um comportamento dispersivo e desengajado.
Um funcionário feliz e saudável mentalmente é mais propenso a prosperar na vida pessoal e no trabalho, desempenhando suas funções com qualidade e ótima relação com a equipe.
Assim, para a empresa que procura atingir seus objetivos, é importante se preocupar com a saúde mental dos trabalhadores e proporcionar um ambiente interativo e livre de julgamentos para que cada um se posicione da melhor maneira possível.
Qualidade de vida é o objetivo de todos, inclusive no trabalho. Dividir o espaço, trocar ideias, idealizar projetos, solucionar problemas e comemorar resultados são alguns aspectos que devem ser divididos e compartilhados para abranger o coletivo e evitar sobrecarga.
Um clima organizacional agradável e saudável favorece o melhor desempenho e aprimora as relações entre funcionários, além de ser excelente para atingir as metas da empresa e até reduzir o índice de acidentes no trabalho.
Além de todos os benefícios já citados, o cuidado com a saúde mental dos colaboradores reflete diretamente nos resultados — investir na prevenção de doenças que afetam a mente é garantir a motivação e a qualidade de vida, o que é bom para os funcionários e para a empresa.
Os riscos psicossociais decorrem também de um contexto social pouco saudável, muito comum na vida das pessoas, incluindo situações em que existem:
Contribuem para o risco os contratos de trabalho precários e a instabilidade no emprego, as novas formas de contrato de trabalho, o envelhecimento da população trabalhadora e o pobre equilíbrio trabalho-família.
O impacto da saúde mental nos custos empresariais é alto, pois o funcionário deprimido falta mais, onera mais os planos de saúde e tem relações interpessoais piores, reduzindo a produtividade.
Habitualmente, as ausências relacionadas com o estresse tendem a ser mais prolongadas do que as que têm outras causas. O The Wall Street Journal escreveu que as corporações estão começando a perceber que a saúde mental talvez seja uma importante fonte de despesas.
O acompanhamento do profissional que tem a saúde mental debilitada, muitas vezes, requer a mudança de função ou de atividade. Deslocar um funcionário pode exigir da empresa um investimento considerável em treinamento e adaptação.
O absenteísmo alto gera custos imensos para as organizações, seja na reposição da atividade, seja nos cuidados com o funcionário, como medicações e exames, seja no retorno desses indivíduos ao trabalho, que deverá ser saudável, seguro e gradual.
Dependendo do tipo de função e do tempo de ausência, o funcionário afastado terá que ser substituído, para não comprometer as atividades e a entrega, gerando custos, desde o processo seletivo até as despesas de rescisão do contrato temporário.
Para muitas pessoas, o ambiente de trabalho é torturante, com muitas cobranças, pressão e líderes pouco compreensíveis e autocráticos, gerando péssimas relações profissionais, que, além de comprometerem o desenvolvimento da equipe, podem gerar situações desagradáveis.
Problemas, como dúvidas na função, má gestão, comunicação ruim e assédio psicológico e sexual em ambientes insalubres, são alguns exemplos encontrados no meio empresarial que se acumulam favorecendo a perda de equilíbrio da pessoa, acarretando grandes problemas de saúde e profissionais.
Uma excelente alternativa para prevenir esses problemas é promover programas e palestras que tratem da medicina preventiva sobre a saúde mental e envolver todos os colaboradores, apresentando novos conceitos, como o do biofeedback.
Esse tema deve ser apresentado com frequência para estimular a participação de todos. É um assunto a ser tratado rotineiramente para evitar que os profissionais se isolem e alimentem uma dor silenciosa.
É importante abordar determinados assuntos, como a relevância de uma alimentação saudável, o evitamento do consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou de cigarro, e o incentivo à prática de atividades físicas e reeducação alimentar.
Um canal aberto, com diálogos constantes e interação entre os profissionais da empresa, pode contribuir para aliviar a pressão do dia a dia no trabalho e torna as relações mais empáticas.
Todos têm papel importante nas ações preventivas para evitar problemas de saúde mental — empregador, equipe, gestores e líderes — e no desenvolvimento de medidas de controle do ritmo de trabalho, sempre pensando em metas alcançáveis em tempo hábil.
Para isso, é fundamental treinar a liderança para aprimorar as relações pessoais e promover iniciativas que reduzam o estresse dos colaboradores e os conflitos pessoais — momentos de descontração, ginásticas laborais, pausas e, até mesmo, mudanças estruturais no ambiente.
Muitas vezes, passamos por turbulências na vida profissional, e isso é muito comum. É justamente nesses momentos que os diálogos e programas de prevenção devem entrar em ação, ressaltando a importância de falar sobre o assunto, com interferência, inclusive, de um profissional especializado.
Ainda que o controle emocional e mental seja individual, promover um ambiente favorável à saúde mental é uma tarefa coletiva e parte fundamental para a qualidade de vida do ser humano.
Portanto, investir em programas de prevenção e promoção da saúde mental demonstra o interesse da empresa em alcançar os objetivos e as metas, sem, contudo, deixar de lado todos os cuidados com o bem-estar corporativo. É um investimento com retorno certo!
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